São Paulo, quinta-feira, 14 de maio de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Palmeiras refaz passos de título da Libertadores

Trajetória do time alviverde neste ano se assemelha à da conquista de 1999

Após a classificação para as quartas de final do torneio continental, Luxemburgo diz que o pior está para vir na caminhada rumo ao bi


RENAN CACIOLI
ENVIADO ESPECIAL A RECIFE

O Palmeiras que sonha com o bicampeonato da Libertadores vem fazendo trajetória que, se não é idêntica à que o levou ao seu único título do torneio, em 1999, ao menos é parecida.
Assim como aconteceu naquela edição, neste ano a classificação às oitavas de final só veio na última rodada da fase de grupos. O que muda, além dos rivais, é a dramaticidade.
Se há dez anos uma vitória por 2 a 1, em casa, colocou o clube na etapa seguinte e eliminou o paraguaio Cerro Porteño, em 2009 a vaga veio fora, ante o chileno Colo Colo, com um gol marcado nos minutos finais.
Naquele ano, o time também ficou em segundo na sua chave e reencontrou nos mata-matas o melhor do grupo, com quem já disputara duas partidas.
Só que, em vez do Corinthians nas quartas de final, o rival brasileiro a ser batido foi o Sport, agora nas oitavas.
Nos dois casos, a disputa foi parar nos pênaltis, quando um mesmo herói, Marcos, saiu consagrado depois de defender algumas cobranças.
"Tive uma atuação muito boa contra o Corinthians em 1999. Havia dez anos que eu estava precisando fazer algo diferente", brincou o goleiro, que, desde 1999, enfrentou nove decisões por pênalti na Libertadores e saiu classificado em sete.
"O Lenny disse que me viu pegar pênaltis quando ele tinha dez anos", falou o camisa 12. Marcos, 35, é 14 anos mais velho que seu colega atacante.
No semblante de jogadores e da comissão técnica, era visível o desgaste depois da batalha no Recife, que terminou com vitória do Sport por 1 a 0, placar que levou o jogo para os pênaltis.
"Espero que seja mais tranquilo daqui pra frente. Mas, se for suado assim e a gente for passando, não tem problema", disse o meia Cleiton Xavier.
Para o meia Diego Souza, dificilmente o Palmeiras terá sossego na competição.
"Em Libertadores, a dificuldade é enorme e os jogos são sempre apertados. Mas temos tido competência de, nos momentos decisivos, avançar."
O treinador Vanderlei Luxemburgo já projeta um possível confronto na semifinal.
"O pior está para chegar. Temos pela frente o Nacional. E talvez o Boca depois", disse o técnico, citando a equipe uruguaia, oponente da próxima fase, e o Boca Juniors, tradicional papa-títulos na Libertadores, com seis troféus, e possível rival palmeirense nas semifinais.
Antes, o Palmeiras volta a atuar no Brasileiro. Pega o Inter, domingo, em Porto Alegre.


Texto Anterior: A rodada: Flamengo e Inter empatam, e Vasco goleia
Próximo Texto: Ronaldo será sabatinado por colunistas da Folha
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.