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França só empata e amplia sua seca de gols
Time passa em branco contra Suíça e não balança redes desde a final de 98
Quarteto ofensivo montado pelo técnico Domenech não consegue furar defesa rival; nova chance será diante da Coréia do Sul, líder do grupo
MARIANA BASTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
O gol de Petit aos 47min do
segundo tempo contra o Brasil
na final de 1998, o último da vitória da França por 3 a 0, foi um
dos mais comemorados da história do país. Mal sabiam os
franceses que passariam longos
oito anos com o grito preso na
garganta em jogos de Copa.
Desde o jogo derradeiro de
1998, a França disputou mais
quatro partidas em Mundiais.
Em 2002, foi eliminada sem
marcar sequer um gol nas três
partidas de que participou.
O empate em 0 a 0 ontem
contra a Suíça, em Sttutgart,
postergou por mais 90 minutos
a ânsia dos franceses por gols.
Não faltou vontade ao quadrado ofensivo francês, composto por Zidane, Ribery, Wiltord e Henry, para reverter a situação. Foram 14 chutes a gol
durante a partida. O que faltou
foi eficiência. Apenas quatro finalizações foram corretas. Estranhamente, Raymond Domenech deixou o atacante Trezeguet no banco. O jogador da
Juventus é o que mais acumula
gols pela seleção -32 em 62 jogos-, ao lado de Henry.
Um torcedor não chegou a
ver o fiasco do ataque da França. O francês de 49 anos morreu
de ataque cardíaco, na porta do
estádio Gottlieb-Daimer pouco
antes do início do jogo.
O ataque ineficiente também
foi uma marca suíça. Em dez finalizações, apenas quatro levaram perigo ao gol de Barthez.
A igualdade no placar se refletiu nas estatísticas. Segundo
o Datafolha, os números foram
parecidos. Em um jogo considerado truncado, os suíços fizeram 19 faltas, duas a mais do
que os adversários. O aproveitamento ruim nos cruzamentos também foi equivalente. Os
franceses acertaram apenas
duas das 17 bolas cruzadas, enquanto os suíços tiveram quatro acerto em 13 cruzamentos.
Com tantos números parecidos, a conquista de apenas um
ponto na estréia agradou às
duas seleções. "Sabemos que
não seria fácil, mas nós conseguimos tirar dois pontos de um
adversário direto na disputa
por vaga para a segunda fase",
disse o, técnico francês.
Nas eliminatórias européias,
os países vizinhos ficaram também no mesmo grupo e empataram em 0 a 0 e 1 a 1. "Está se
tornando um hábito contra os
suíços", declarou Domenech.
Os suíços também gostaram
do placar. "Foi um resultado
positivo. Um ponto era o suficiente para nós", disse o goleiro
Pascal Zuberbuehlerit.
O próximo desafio da França
será contra a Coréia do Sul, líder do grupo com três pontos,
no dia 18. Os suíços pegarão o
lanterna Togo no dia 19.
Caso a equipe liderada por
Zidane não saia do zero novamente, os franceses poderão
igualar um recorde negativo
que pertence atualmente à Bolívia. A seleção sul-americana
passou cinco jogos de Copa sem
balançar as redes adversárias.
Mais do que nunca, os franceses precisarão gritar "Allez
Les Bleus" (Vamos lá, Azuis).
Colaboraram Fabio Tura , do Datafolha, e as
agências internacionais
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