ALEXANDRE NOBESCHI
DE SÃO PAULO

A seleção italiana que começa hoje sua trajetória rumo ao penta tem 9 dos 23 jogadores convocados com 30 anos ou mais. São 292 anos somados e o maior número de "vovôs" entre todas as esquadras da Azzurra que disputaram Copas do Mundo.
Até o Mundial deste ano, a Itália com o maior número de atletas na casa dos 30 foi a dirigida por Feruccio Valcareggi, na Alemanha-1974, com oito jogadores. Acabou eliminada logo na primeira fase.
Na África, o mais velho deles é o capitão, o zagueiro Fabio Cannavaro, 36, que já anunciou sua aposentadoria da equipe ao fim do torneio.
No embalo, o volante Gennaro Gattuso, 32, disse no sábado que "é preciso dar lugar aos que têm mais combustível", deixando claro que também vai se aposentar.
Na relação dos "trintões" estão ainda Zambrotta, 33, Camoranesi, 33, De Sanctis, 33, Di Natali, 32, Buffon, 32, Pirlo, 31, e Iaquinta, 30.
Apesar dos anúncios de seus comandados e das críticas da imprensa italiana, que considera a seleção velha demais, o técnico Marcello Lippi afirma que idade não é sinônimo de decadência.
"Significa experiência, carisma", afirmou ele, que em 2006 foi campeão do mundo com uma equipe que tinha sete trintões: Peruzzi, 36, Inzaghi, 32, Cannavaro, 32, Materazzi, 32, Del Piero, 31, Nesta, 30 e Oddo, 30.
O lateral Zambrotta tem se mostrado um dos mais irritados com o bombardeio contra o time. Para ele, a desconfiança em relação ao poderio da Azzurra serve como motivação. "Queremos calar essa falta de confiança", afirmou.
Um alento para a seleção atual é que na Inglaterra- -1966, com um grupo jovem e somente um jogador com 30 anos, os italianos não passaram da primeira fase.


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