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Holanda tenta domar a Jabulani
Treinador orienta os jogadores a priorizar toques curtos e evitar cruzamentos e lançamentos
DE JOHANNESBURGO
Culpada ou inocente, a nova bola Jabulani influenciará
no estilo de jogo da Holanda,
que estreia hoje na Copa,
contra a Dinamarca, no Soccer City, em Johannesburgo.
Após um último treino no
estádio ontem, o técnico holandês Bert van Marwijk afirmou que vai privilegiar os toques curtos. A equipe, principalmente meio-campo e ataque, está orientada a evitar
cruzamentos e lançamentos.
"A bola vem fazendo coisas muito estranhas, principalmente quando é lançada
pelo alto. Mas, no chão, ela
pode ser jogada, e esse será
nosso estilo", declarou ele.
A Holanda é conhecida pelo toque rápido do meio-campo para o ataque, e essa jogada deve ser mais explorada,
de acordo com o treinador.
Segundo Van Marwijk, a
Jabulani tende a subir demais. "Temos visto cruzamentos que não podem ser
controlados. Dos chutes,
90% vão por cima do gol."
Desde as semanas que antecederam o início do Mundial, a bola tem recebido críticas, sobretudo de goleiros.
As primeiras rodadas viram
dois perus: o do inglês Green,
contra os EUA, no sábado, e o
do argelino Chaouchi contra
a Eslovênia, ontem.
O treinador holandês citou
a falha grotesca de Green,
numa partida que tinha tudo
para ser vencida pela Inglaterra, como exemplo de que o
confronto com os dinamarqueses será perigoso.
"Todos pudemos ver que
partidas que podem parecer
fáceis de vencer não são assim necessariamente. Não se
pode fazer corpo mole."
O atacante Robben, do
Bayern de Munique, desfalcará a Holanda no primeiro
jogo. Ele se recupera de uma
contusão na coxa e deve estrear só contra o Japão, no
dia 19 de junho. "Robben
treinou num estádio vizinho
e está seguindo o mesmo
programa que nós estamos",
declarou Van Marwijk.
No treino de ontem, houve um susto com outro destaque da equipe, o meia
Sneijder, da Inter de Milão.
Numa disputa de bola
com o defensor Boulahrouz,
o meia levou uma cotovelada no rosto e ficou caído no
chão por vários minutos, antes de se levantar e retomar o
treinamento. De acordo com
o técnico, o problema não foi
sério.
(FÁBIO ZANINI)
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