DA REPORTAGEM LOCAL

Socialização, culto ao corpo e alternativa para a cura do estresse: as academias de ginástica fazem parte de um fenômeno associado à vida moderna. Esse é o tema da pesquisa de mestrado da socióloga Ludmila Oliveira, 24.
"Ainda estou na fase de compilação de dados, mas já está claro que a academia é uma "variável" da vida urbana e moderna", afirmou a socióloga.
O livro do especialista em medicina esportiva Bruno Molinari também trata deste tema, mesmo que empiricamente.
O capítulo assinado pelo professor da Escola de Educação Física da USP Fábio Saba, "Valorização das Atividades Físicas pela Sociedade e o Aparecimento das Academias de Ginástica", ensina que as academias vieram suprir o que a revolução industrial sacrificou -no que diz respeito à atividade física.
"Muitas ações humanas estão ao alcance de um botão, e o homem não precisa realizar grandes esforços para satisfazer suas necessidades", diz o autor.
Com a "mecanização" da vida é que surgiu a academia. As pessoas começaram a buscar nesses estabelecimentos saúde, qualidade de vida e amizades.
No caso dos adolescentes, segundo a psicóloga Maria do Carmo Baptista -que estuda o comportamento de jovens de 13 a 17 anos em Curitiba (PR)-, é a aceitação do grupo que motiva as matrículas.
"Adolescentes procuram amigos e músculos nas academias, não saúde", disse ela. (MR)


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