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Vaias foram orquestradas, diz ministro
DO ENVIADO AO RIO
O ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., atribuiu as vaias
do Maracanã a um movimento
organizado contra o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva. "Parece uma coisa orquestrada. É
só observar de onde vinha que
dava para perceber que era
uma coisa organizada", disse.
Segundo ele, os "apupos" dirigidos ao presidente partiam
de um setor específico. Mas, na
verdade, grande parte do Maracanã vaiou o petista ontem.
O prefeito do Rio, Cesar
Maia, que foi o mais aplaudido
dos governantes, afirmou que a
gafe na abertura dos Jogos
-quando Lula não fez a declaração de abertura, como estabelecido pelo protocolo- era
de responsabilidade do estafe
de Lula. "A assessoria do presidente se precipitou e pediu para não fazer", declarou.
Só que ninguém se lembrou
de avisar Mario Vázquez Raña,
presidente da Organização
Desportiva Pan-Americana.
Ele, então, chamou Lula, que
se preparou para falar. Só que já
tinha ficado combinado com o
presidente do COB e do Co-Rio,
Carlos Arthur Nuzman, que ele
faria a declaração. Foi então
que um presidente constrangido e irritado com seis vaias de
uma multidão viu o anúncio,
com um microfone à sua frente.
Lula sorriu, num misto de nervosismo e constrangimento.
O vice-presidente da República, José Alencar, também ignorou questões sobre erros e
constrangimentos. Só comentou: "A festa foi uma beleza".
O ministro da Justiça, Tarso
Genro, confirmou que não haverá nenhum reforço do Exército na segurança do Rio. "Não
temos nenhuma necessidade
premente de Forças Armadas.
A Polícia Rodoviária Federal, a
Força Nacional de Segurança e
a Polícia Federal estão trabalhando. Temos três organizações federais dando suporte absoluto, com toda a segurança."
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