São Paulo, sábado, 14 de julho de 2007

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Painel FC

RICARDO PERRONE - painelfc.folha@uol.com.br

Contagioso

A abertura de processo criminal na Justiça Federal contra o Corinthians assustou mais o vice financeiro do clube, Emerson Piovezan, do que a falta de recursos. Temeroso de ter de responder por operações que diz desconhecer, o dirigente decidiu pedir demissão. Não quer ver sua imagem ligada às acusações de lavagem de dinheiro. Porém, primeiro, vai preparar a saída, terminando negociações que conduzia com fornecedores e outros credores. Vai dar tempo para Alberto Dualib encontrar um novo nome para o cargo.




Barriga vazia. Em meio ao furacão provocado pela Justiça, o Corinthians tem de lidar com os donos de uma padaria de Itaquera que não querem mais fornecer pãezinhos aos jogadores das categorias de base. A dívida é de R$ 5 mil. O clube tenta adiar ainda mais o pagamento.

Sem gás. Conselheiros do Corinthians temem que a crise financeira atrapalhe o rendimento do time contra o São Paulo. Falam que a dívida em direitos de imagem é de R$ 3 milhões. A diretoria admite dever R$ 1 milhão.

Caixa-preta. Em tempos de dossiês e malas de dinheiro, as pastas dos cartolas foram o maior alvo de brincadeiras dos dirigentes no almoço de aniversário do Clube dos 13. Um deles falava, olhando para sua maleta: "Ah, se minha pasta falasse".

Garantido. No mesmo evento, Juvenal Juvêncio dizia a seus interlocutores estar certo de que o Morumbi vai emplacar na Copa de 2014. Repetia ter o apoio do governador paulista, José Serra.

Silêncio. Brincando, o palmeirense Affonso Della Monica conta que a boa fase do time o livrou de um dos maiores corneteiros: José Serra.

Sem açúcar. Julio Grondona, presidente da federação argentina, interrompeu o café da manhã do hotel em que está na Venezuela para reclamar das cotas de sua seleção na Copa América. Mostrava a J. Havilla, dono da Traffic, que tem os direitos do torneio, um papel com o orçamento de sua equipe.

Cafezinho. Grondona diz que num amistoso com a Colômbia recebe US$ 750 mil. Uma partida da primeira fase da Copa América vale US$ 150 mil. E fala que o Brasil também deixa de lucrar.

Acústica. Membro da comitiva do governo federal no Maracanã explicou as vaias ao presidente Lula na abertura do Pan. Diz que os apupos vieram de uma área de convidados do prefeito Cesar Maia (DEM). E o eco fez o resto.

Rodízio. O prefeito do Rio alega, em seu ex-blog, que as trocas de presidentes, ministros do Esporte e governadores em cinco anos atrapalharam o Pan. Só ele continuou.

No papel. Cesar Maia defende um termo de compromisso a ser cumprido pelos partidos, caso a cidade receba a Olimpíada de 2016.


Colaborou RODRIGO BUENO, enviado especial a Maracaibo

Dividida

"Há dois anos, avisei o que iria acontecer. Falaram que eu estava atrás de votos e que era maluco. E agora? Quem é o maluco?"

De ROMEU TUMA JÚNIOR, ex-deputado estadual e conselheiro que votou contra a parceria corintianha


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