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Calor apóia Brasil diante dos reis do segundo tempo
Cidade mais quente da Venezuela é trunfo contra a seleção argentina, que aniquilou os rivais na etapa final do torneio
Argentinos, que fizeram
todas as suas partidas da
Copa América à noite, vão
jogar em Maracaibo, onde
temperatura bate em 40C
RODRIGO BUENO
ENVIADO ESPECIAL A MARACAIBO
A Argentina tem liquidado os
adversários no segundo tempo,
mas na final da Copa América,
amanhã, contra o Brasil, enfrentará um outro adversário: o
forte calor de Maracaibo.
Os argentinos fizeram todos
os seus cinco jogos (cinco vitórias), até agora, à noite. A final
de amanhã, que acontecerá na
cidade que é tida como a mais
quente da Venezuela, começará às 17h05 no horário local.
"Tomara que isso não nos
afete", já disse o ala argentino
Zanetti. Em Maracaibo, a temperatura tem batido com freqüência nos 40ºC. A previsão
mais baixa para amanhã aponta
28º C no início do jogo.
A Argentina, por precaução,
tem feito treinos desde que
chegou à Venezuela depois das
18h, com o sol mais ameno. E tiveram um dia a menos de descanso que os brasileiros (jogaram na quarta-feira).
Fisicamente, o rival está tão
bem quanto tecnicamente.
Prova disso é que quase 70%
dos gols do time na Copa América foram marcados no segundo tempo (11 dos 16 marcados).
A Argentina já saiu atrás no
marcador contra EUA e Colômbia e sofreu contra Peru e
México no mata-mata na primeira etapa. ""Creio que estamos rendendo a mesma coisa",
diz Heinze, defensor que fez
aos 45min da etapa inicial o gol
da equipe contra os mexicanos.
O Brasil, por sua vez, dividiu
com igualdade seus gols no torneio -foram seis na primeira
etapa e seis no segundo tempo.
A equipe do técnico Dunga, que
tem treinado normalmente às
17h, já atuou nesta Copa América à tarde (em Maturín).
"Temos que jogar compactos
contra a Argentina", falou, ontem, o treinador da seleção brasileira ao ser indagado se seu time jogaria mais aberto ou nos
contra-ataques amanhã.
O auxiliar técnico da seleção,
Jorginho, já destacou o crescimento da Argentina no segundo tempo. ""Quando conseguiram o primeiro gol contra o
México, depois tiveram mais
espaços no segundo tempo."
Tevez, ex-atacante corintiano, está ávido para vingar a derrota na final de 2004, mas disse
que seu time precisa se dosar.
"Não podemos sair para matar
o Brasil logo cedo", disse ele.
Os titulares brasileiros fizeram só exercícios leves ontem.
Desde o início da disputa, se
mostram bem adaptados ao calor. ""Somos brasileiros, estamos acostumados", diz Helton.
Curiosamente, nos últimos
dias, Buenos Aires viu neve pela primeira vez em décadas.
O presidente da Fifa, Joseph
Blatter, falou ontem na Venezuela também sobre temperatura ao responder sobre o veto
recente da entidade à altitude.
"É preciso estudar bem onde
e quando se pode jogar futebol
para não haver prejuízo à saúde
dos jogadores. Não se trata apenas de altitude, mas da neve, do
horário dos jogos, tudo", disse.
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