São Paulo, segunda-feira, 14 de julho de 2008

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Estrangeiros dão o tom em Pré-Olímpico

DA REPORTAGEM LOCAL

Além de enfrentar tabus e desafios, o Brasil terá que superar os reforços estrangeiros de seus rivais. Dos 12 times que jogam o Pré-Olímpico Mundial, só Camarões e Brasil são 100% nacionais -os elencos finais não estavam disponíveis até ontem no site da Federação Internacional de Basquete.
O caso mais gritante é a frágil equipe de Cabo Verde, terceiro colocado do Pré-Olímpico da África em 2007.
Para não fazer tão feio na seletiva da Grécia, o técnico Eric Silva convocou cinco atletas de origem norte-americana: Barros, Cipriano, Gomes, Houtman e Oliver.
Mesmo entre times favoritos à passagem para Pequim há estrangeiros de destaque. A Alemanha, provável adversária do Brasil nas quartas-de-final, comemora a presença de Chris Kaman.
O pivô do LA Clippers recentemente se naturalizou -seus bisavós são alemães- e estreará na equipe sem ter feito sequer um amistoso com a camisa do país.
"Todo o grupo treina duro e está focado na vaga. Isso é perfeito para mim", diz Kaman, que ostentou média de 15,7 pontos e 12,7 rebotes na última temporada da NBA.
A Alemanha conta com mais dois gringos no grupo, o norte-americano Demond Greene e o polonês Konrad Wysocki, mas sentirá a falta do nigeriano Ademola Okulaja, cortado por lesão.
"Demond é um jogador muito importante para nós, por sua capacidade de pontuar e defender", elogia o treinador Dirk Bauermann.
A Grécia, rival do Brasil no Grupo A, conta com sangue africano. Filho de mãe camaronesa, Sofoklis Schortsianitis contrasta com seus colegas, todos brancos, no elenco do vice-campeão mundial.
O Líbano, adversário da seleção nacional na estréia, amanhã, terá três estrangeiros: Brian Feghali (EUA), Sabah Khoury (Kuait) e Ali Mahmoud (Canadá).
Mas a ausência mais sentida será a do norte-americano Joe Vogel, pivô de 2,11 m, que se machucou durante torneio amistoso no Canadá.
"Ele é o principal jogador do Líbano, por sua versatilidade", aponta o técnico Moncho Monsalve, do Brasil.
Outras seleções com presença significativa de nacionalizados são Croácia, com quatro bósnios, e Porto Rico, reforçada pelo mesmo número de norte-americanos.
Figurante, o Canadá tem como principal nome o haitiano Samuel Dalembert, pivô do Philadelphia. (ALF)


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