São Paulo, Sábado, 14 de Agosto de 1999 |
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VÔLEI Tradicional reduto de atletas da seleção, torneio conta agora com só 4 do time medalha de prata no Pan Começa o menos estelar dos Paulistas
da Reportagem Local O Paulista masculino de vôlei tem a partir de hoje, com duas partidas, seu campeonato menos estelar dos últimos tempos. Dos 12 atletas que ganharam a medalha de prata no Pan-Americano de Winnipeg, último torneio importante da seleção brasileira, apenas 4 (33%) participam do torneio, que, dois anos atrás, tinha todos os astros em disputa. No ano passado, com a concorrência do recriado Campeonato Carioca, São Paulo perdeu times para o Rio e, com eles, vários selecionáveis: só seis atletas da seleção brasileira na época (Max, Maurício e Giba, do Report-Nipomed, e Joel, Gustavo e Roim, do Banespa) disputaram o torneio. Ruim em 98, pior agora: restaram Joel, Gustavo e Axé, no Banespa, e Marcelo Negrão, que estava atuando na Itália e foi contratado pelo novato São Paulo. "Nos últimos 15 anos, sempre 90% da seleção brasileira jogava em São Paulo. Só agora (nos últimos dois anos), por problemas financeiros, houve essa retração", declarou Renato Pêra, presidente da Federação Paulista de Vôlei. A ausência dos grandes nomes causa pessimismo em algumas equipes, caso do Banespa, vice-campeão no ano passado. "Sem as estrelas (da seleção), todos perdem. Elas são as atrações do campeonato. O Paulista perde o brilho, sem dúvida", afirmou José Montanaro, gerente de vôlei da equipe paulistana. O Report/Suzano, campeão seis vezes nesta década, perdeu seus selecionáveis e não os repôs devidamente -os maiores reforços são o levantador Talmo e o atacante Lilico. Além deles, exibirá aos torcedores nomes como Escadinha, Levi, Bobi e Canhoto. O Banespa, com três selecionáveis, surgiria como favorito disparado ao título, mas não o será porque justamente a seleção brasileira o desfalcará na reta final, em novembro, quando Gustavo, Axé e Joel devem estar no Japão atuando na Copa do Mundo, classificatória para os Jogos Olímpicos de Sydney-2000. Mas o time não irá chiar. "O vôlei depende dos resultados da seleção lá fora, para sobreviver aqui, para os campeonatos terem mais impacto", disse Montanaro. Do mesmo mal -emprestar jogadores à seleção- sofrerá o Carioca, que começaria ontem contando com seis atletas (entre eles Giba, Douglas e Ricardinho) da equipe do Pan-Americano. Antes da Copa do Mundo, o Brasil jogará o Sul-Americano (no início de setembro, na Argentina) e a Copa América (meados de outubro, nos Estados Unidos). Desse modo, a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) só abriu brechas para os jogadores defenderem os clubes até a semana final de agosto e nas duas últimas de setembro. "Isso resulta em um equilíbrio muito grande. Não há um favorito claro", afirmou Paulo Coco, treinador do Palmeiras. "Poderemos ficar em oitavo ou em primeiro", analisou Ricardo Navajas, técnico do Report, que tenta o terceiro título consecutivo -e o sétimo em oito anos. Na abertura da competição, hoje, acontecem dois jogos. Em Suzano, às 15h, no ginásio Paulo Portela, o Report-Nipomed recebe o Palestra/Atibaia, que é estreante em Paulistas. Às 17h, o Banespa, em seu ginásio, na capital, enfrenta o Coop/Santo André. Amanhã, às 11h, no ginásio do Morumbi, jogam São Paulo e Atibaia. Lupo-Náutico/Araraquara e Palmeiras só estréiam na terça-feira à noite. (LUÍS CURRO) NA TV - Report x Palestra, ao vivo, às 15h, na Sportv Texto Anterior: Stop & Go - José Henrique Mariante: Silêncio Próximo Texto: Competição tem 2 meses "simbólicos' Índice |
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