da Reportagem Local

O superintendente da CBJ (Confederação Brasileira de Judô), Joaquim Mamede, afirmou ontem que apenas a meio-médio Vânia Ishii está ""vetada" para a seletiva que define a seleção brasileira para o Mundial.
No início da semana, a CBJ enviou um comunicado às federações estaduais, no qual vetava a participação de Aurélio Miguel, Edelmar Zanol, Danusa Shira e Rubens Neres na seletiva.
Os três últimos defenderam a equipe nacional no Pan-Americano de Winnipeg, Canadá.
A seletiva acontece nos dias 28 e 29 no Rio de Janeiro, e o Mundial, em outubro, na Inglaterra.
Vânia já está classificada para a competição por ter conquistado a única medalha de ouro do país na modalidade no Pan.
""Só a Vânia Ishii está vetada. Os demais se não forem competir estarão se vetando por conta própria", afirmou Mamede, ex-presidente da CBJ e pai do atual presidente da entidade, Joaquim Mamede Júnior.
O dirigente não quis falar sobre o comunicado enviado às federações. ""Não sei de onde tiraram isso. Jornalista só fala mentira."
Mamede afirmou ainda que o judoca pode vencer a seletiva, mas vai precisar bancar sua viagem para a Inglaterra se quiser disputar o Mundial. ""Se não tiver a grana, não adianta que não vai."
A CBJ não tem patrocínio e não recebe ajuda do Indesp (Instituto Nacional do Desporto) por causa de verbas que teriam sido desviadas pela entidade.
Os atletas da seleção são obrigados a utilizar o dinheiro de seus patrocinadores pessoais para bancar suas despesas em competições internacionais.
Para a disputa de Jogos Olímpicos e Pan-Americanos, as despesas da CBJ são pagas pelo COB (Comitê Olímpico Brasileiro).
O meio-pesado Aurélio Miguel, campeão olímpico em Seul-88 e bronze em Atlanta-96, disse ontem que não sabia como estava sua situação. ""Não recebi nenhum comunicado da CBJ."


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