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McLaren perde pontos, US$ 100 mi e só
Por espionagem, Conselho Mundial da FIA exclui time do Mundial de Construtores, mas preserva Hamilton e Alonso
Apesar da pena branda, Ron Dennis, chefe da equipe inglesa, dá sinais de que vai recorrer do veredicto à Corte de Apelações da entidade
TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A SPA-FRANCORCHAMPS
Nunca os 425 km que separam o número 8 da praça da
Concórdia, em Paris, e o paddock do circuito de Spa-Francorchamps, na Bélgica, estiveram tão próximos como ontem.
Enquanto no autódromo pilotos e times se preparavam para os primeiros treinos livres
para o GP da Bélgica, que começam hoje, na sede da FIA a
McLaren era julgada e punida.
Após mais de dez horas de
reunião, o Conselho Mundial
da entidade considerou que a
equipe violou o artigo 151c do
Código Esportivo Internacional, que condena "qualquer
conduta fraudulenta ou ato
prejudicial aos interesses de
qualquer competição".
Com a pena, a McLaren perdeu os 166 pontos no Mundial
de Construtores, não poderá
somar mais nenhum nesta
temporada e terá de pagar multa de US$ 100 milhões -estima-se que seu orçamento
anual seja de US$ 400 milhões.
Lewis Hamilton e Fernando
Alonso, por terem colaborado
com a investigação, foram poupados. Sobre 2008, nenhuma
definição. A entidade prometeu
explicar hoje as razões da punição no maior escândalo de espionagem da categoria.
Tanto McLaren quanto Ferrari possuem 48 horas, a partir
de hoje, para recorrer à Corte
de Apelações da FIA. Mas, se
depender do comunicado da
Ferrari após o julgamento, a
história pode ter acabado ontem. "A Ferrari está satisfeita
que a verdade tenha emergido."
Já a McLaren não se mostrou
totalmente insatisfeita. "O
mais importante é que vamos
correr neste final de semana,
no resto da temporada e nas
outras", afirmou Ron Dennis,
chefe da equipe. "Mas não aceito a punição desta maneira."
Ele argumenta que os pilotos
e os 140 funcionários do time
assinaram documentos para
dizer que não tiveram contato
com as informações da Ferrari
que chegaram às mãos de Mike
Coughlan, projetista do time,
via Nigel Stepney, ex-ferrarista.
"Nunca negamos que dados
da Ferrari estivessem em posse
de um de nossos funcionários
[Coughlan]. Mas a questão é:
essa informação foi usada pela
McLaren? Isso não é o caso, e
nada ficou provado", afirmou.
As primeiras conseqüências
do veredicto podem ser vistas
já hoje. Uma das questões a serem esclarecidas é o futuro de
Alonso, infeliz na McLaren: a
punição pode ter produzido a
brecha jurídica que ele queria
para não cumprir os dois anos
de contrato que ainda tem.
NA TV - Treino livre para o GP da
Bélgica
Sportv, ao vivo, às 9h
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