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Brasileiro bate recorde e leva 2º ouro
Lucas Prado vence 200 m rasos na classe T11; na natação, Verônica Almeida ganha 1ª medalha feminina
DA REPORTAGEM LOCAL
Lucas Prado já havia declarado que sua maior disputa em
Pequim seria contra Lucas Prado. Ontem, o brasileiro mostrou que a confiança em seu desempenho não era exagerada.
Nos 200 m rasos da categoria
T11(cegos totais), o brasileiro
conquistou seu segundo ouro
no Ninho de Pássaro, com novo
recorde mundial -22s48. Já
havia vencido os 100 m rasos.
"Eu achei que a prova ainda
não tinha terminado e queria
correr mais quando o Justino
[seu guia] me avisou que a gente tinha batido o recorde mundial", disse o campeão.
Justino revelou, após a prova, um dos segredos do sucesso
do companheiro.
"O Lucas é conhecido na Vila
Olímpica como o ceguinho falador. Ele canta, brinca e enquanto ele estiver ganhando medalhas está ótimo", afirmou.
Também nos 200 m rasos,
mas na categoria T44, Oscar
Pistorius, que tem as duas pernas amputadas, ganhou o ouro
e bateu o recorde olímpico
-21s67. O sul-africano havia
tentando índice para os Jogos
Olímpicos, sem sucesso.
No Cubo d'Água, Verônica
Almeida conquistou a primeira
medalha feminina do Brasil na
competição. Ela terminou os
50 m borboleta da classe S7 em
terceiro lugar, com 38s49.
"Meu técnico acreditava que
eu podia nadar na casa dos 38
segundos e ele estava certo.
Conseguimos", disse Verônica.
A brasileira é portadora da
Síndrome de Ehlers-Danlos,
doença rara que ataca articulações e reduz a produção de colágeno do corpo humano e utiliza cadeira de rodas.
A doença existe em vários
graus. O da nadadora é 7, o mais
grave. Verônica voltou a nadar
há dois anos para ajudar a conter o problema e se destacou.
Pela gravidade de sua doença,
os médicos calculam que ela tenha de dois a seis anos de vida.
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