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Em festa, Fiel comemora empate
No dia em que festejava 30 anos do título de 77, gol de Finazzi fez torcida celebrar tropeço em casa
Corinthians 1
Internacional 1
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
Não importava naquele momento, a três minutos de mais
uma derrota, se o time ainda estava nas últimas posições. Não
importava se o pontinho obtido
em casa será ou não suficiente
para evitar, no fim de tudo, uma
inédita queda para a Série B.
Não importava se o Pacaembu
não é palco de triunfo alvinegro
há mais de um mês.
Naquele momento, aos
42min do segundo tempo, só a
explosão da alegria, o gol de Finazzi era o que contava.
Afinal, justamente no dia dos
30 anos do fim do maior período de agruras -os 23 anos sem
títulos interrompido com um
gol igualmente chorado, em
1977-, o Corinthians não poderia sair derrotado. "Não combinava com a data!", gritava um
torcedor extasiado, nas numeradas cobertas do Pacaembu.
Contagiada com o clima nostálgico da glória de três décadas
atrás somado com o embalo pelo triunfo na última rodada
frente ao arqui-rival São Paulo,
a torcida corintiana celebrou
muito o empate que, em termos
práticos, não foi tão bom assim.
Afinal, com os 38 pontos que
acumula, o Corinthians ainda
vive assombrado -e muito-
pela possibilidade de ir parar na
segunda divisão em 2008.
Culpa do gol de Magrão, justamente ele, um ex-corintiano,
no início do segundo tempo. A
situação seria melhor não fosse
o camisa 11 do time gaúcho se
atirar na direção da bola e escorá-la com os pés -gol "raçudo",
que a torcida corintiana aprovaria, se não fosse prejudicial
ao Corinthians, claro.
Mas ontem, o clima no Pacaembu era tão diferente do
que aquele que envolvera outros jogos do Corinthians no estádio neste Nacional que até o
algoz alvinegro na tarde comemorativa se mostrou tocado.
A ponto de não desejar que o
time, um adversário direto do
Inter na luta contra o rebaixamento (41 pontos soma o atual
campeão mundial), não tenha
como destino a Série B. "Vou
torcer para o time não cair",
disse o volante.
Mas se Finazzi foi ovacionado à exaustão pelo gol de empate, ele não terminou sozinho na
galeria de heróis corintianos
eleitos pela arquibancadas.
Betão, ainda colhendo louros
pelo gol que terminou com o tabu de mais de quatro sem vencer o São Paulo-, foi o mais
aplaudido antes do jogo. Só não
saiu com a popularidade intacta porque falhou no início da jogada do gol do Inter.
Felipe, entretanto, mais uma
vez deixou o gramado com sua
candidatura a ídolo mais consolidada. Sobretudo por ter evitado um 2 a 0 que, com o relógio
batendo para lá dos 30min do
segundo tempo, dificilmente
teria sido revertido.
Final melancólico só tiveram
Héverton e Clodoaldo. Por suas
atuações e pelo azar de terem
sido substituídos justamente
quando o time perdia e era
pressionado. Eles, porém, devem ter nova chance contra o
Náutico, no Recife -o próximo
paradeiro do time na luta contra o rebaixamento.
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