São Paulo, domingo, 14 de outubro de 2007

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Em festa, Fiel comemora empate

No dia em que festejava 30 anos do título de 77, gol de Finazzi fez torcida celebrar tropeço em casa

Corinthians 1
Internacional 1

PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Não importava naquele momento, a três minutos de mais uma derrota, se o time ainda estava nas últimas posições. Não importava se o pontinho obtido em casa será ou não suficiente para evitar, no fim de tudo, uma inédita queda para a Série B. Não importava se o Pacaembu não é palco de triunfo alvinegro há mais de um mês.
Naquele momento, aos 42min do segundo tempo, só a explosão da alegria, o gol de Finazzi era o que contava.
Afinal, justamente no dia dos 30 anos do fim do maior período de agruras -os 23 anos sem títulos interrompido com um gol igualmente chorado, em 1977-, o Corinthians não poderia sair derrotado. "Não combinava com a data!", gritava um torcedor extasiado, nas numeradas cobertas do Pacaembu.
Contagiada com o clima nostálgico da glória de três décadas atrás somado com o embalo pelo triunfo na última rodada frente ao arqui-rival São Paulo, a torcida corintiana celebrou muito o empate que, em termos práticos, não foi tão bom assim.
Afinal, com os 38 pontos que acumula, o Corinthians ainda vive assombrado -e muito- pela possibilidade de ir parar na segunda divisão em 2008.
Culpa do gol de Magrão, justamente ele, um ex-corintiano, no início do segundo tempo. A situação seria melhor não fosse o camisa 11 do time gaúcho se atirar na direção da bola e escorá-la com os pés -gol "raçudo", que a torcida corintiana aprovaria, se não fosse prejudicial ao Corinthians, claro.
Mas ontem, o clima no Pacaembu era tão diferente do que aquele que envolvera outros jogos do Corinthians no estádio neste Nacional que até o algoz alvinegro na tarde comemorativa se mostrou tocado.
A ponto de não desejar que o time, um adversário direto do Inter na luta contra o rebaixamento (41 pontos soma o atual campeão mundial), não tenha como destino a Série B. "Vou torcer para o time não cair", disse o volante.
Mas se Finazzi foi ovacionado à exaustão pelo gol de empate, ele não terminou sozinho na galeria de heróis corintianos eleitos pela arquibancadas.
Betão, ainda colhendo louros pelo gol que terminou com o tabu de mais de quatro sem vencer o São Paulo-, foi o mais aplaudido antes do jogo. Só não saiu com a popularidade intacta porque falhou no início da jogada do gol do Inter.
Felipe, entretanto, mais uma vez deixou o gramado com sua candidatura a ídolo mais consolidada. Sobretudo por ter evitado um 2 a 0 que, com o relógio batendo para lá dos 30min do segundo tempo, dificilmente teria sido revertido.
Final melancólico só tiveram Héverton e Clodoaldo. Por suas atuações e pelo azar de terem sido substituídos justamente quando o time perdia e era pressionado. Eles, porém, devem ter nova chance contra o Náutico, no Recife -o próximo paradeiro do time na luta contra o rebaixamento.


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