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Torcida pressiona, mas se frustra
DA REPORTAGEM LOCAL
Chamada para ajudar o time
neste momento desesperador, a
torcida do Palmeiras fez a sua parte. Quem passava nos arredores
do Parque Antarctica e não sabia
da situação de Palmeiras e Flamengo na tabela achava que o jogo era uma final de campeonato.
O clima, como a torcida prometera na véspera, era de confronto
decisivo de Taça Libertadores.
Mais de hora antes de a partida
começar, duas filas de torcedores
rondavam todo o clube, procurando entrar no estádio, que já tinha grande público. A chuva,
mesmo fina, incomodava.
Uma carga extra de ingressos,
cerca de 1.500, foi providenciada
para engrossar os quase 29 mil colocados inicialmente à venda.
Dentro e fora do estádio, a torcida cantava e vibrava.
Enquanto, na entrada dos times, o técnico flamenguista falava
("Se o apoio da torcida ajudasse
sempre, o Palmeiras não estava
nesta situação", disse Evaristo
Macedo), os jogadores do time da
casa foram diretamente aplaudir
e agradecer à Mancha Alviverde.
Um grande número de palmeirenses foi visto carregando na
mão uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, a padroeira
adotada nestes tempos de ameaça
de rebaixamento. A tradicional
faixa com a figura da santa, como
sempre, era aberta constantemente na arquibancada atrás do
gol onde o rival abriu o marcador.
O baque foi forte. A torcida se
recolheu. A força da arquibancada voltou a esquentar só no segundo tempo, quando Nenê e
Dodô foram chamados para entrar. E pegou fogo um minuto depois, na hora em que o primeiro
recebeu do segundo e empatou.
O astral da Libertadores armado pelos palmeirenses não foi suficiente para fazer o time vencer.
Quando o jogo acabou, a torcida
da arquibancada arrumava confusão com a polícia. Já a da numerada se ocupava variando rimas
para xingar Mustafá Contursi, o
presidente do clube.
(EA, FV e LR)
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