São Paulo, quinta-feira, 14 de novembro de 2002

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Torcida pressiona, mas se frustra

DA REPORTAGEM LOCAL

Chamada para ajudar o time neste momento desesperador, a torcida do Palmeiras fez a sua parte. Quem passava nos arredores do Parque Antarctica e não sabia da situação de Palmeiras e Flamengo na tabela achava que o jogo era uma final de campeonato.
O clima, como a torcida prometera na véspera, era de confronto decisivo de Taça Libertadores.
Mais de hora antes de a partida começar, duas filas de torcedores rondavam todo o clube, procurando entrar no estádio, que já tinha grande público. A chuva, mesmo fina, incomodava.
Uma carga extra de ingressos, cerca de 1.500, foi providenciada para engrossar os quase 29 mil colocados inicialmente à venda.
Dentro e fora do estádio, a torcida cantava e vibrava.
Enquanto, na entrada dos times, o técnico flamenguista falava ("Se o apoio da torcida ajudasse sempre, o Palmeiras não estava nesta situação", disse Evaristo Macedo), os jogadores do time da casa foram diretamente aplaudir e agradecer à Mancha Alviverde.
Um grande número de palmeirenses foi visto carregando na mão uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, a padroeira adotada nestes tempos de ameaça de rebaixamento. A tradicional faixa com a figura da santa, como sempre, era aberta constantemente na arquibancada atrás do gol onde o rival abriu o marcador.
O baque foi forte. A torcida se recolheu. A força da arquibancada voltou a esquentar só no segundo tempo, quando Nenê e Dodô foram chamados para entrar. E pegou fogo um minuto depois, na hora em que o primeiro recebeu do segundo e empatou.
O astral da Libertadores armado pelos palmeirenses não foi suficiente para fazer o time vencer. Quando o jogo acabou, a torcida da arquibancada arrumava confusão com a polícia. Já a da numerada se ocupava variando rimas para xingar Mustafá Contursi, o presidente do clube. (EA, FV e LR)


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