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FUTEBOL
Com dois atacantes, time paulista pouco criou e saiu da Bahia satisfeito
Corinthians cumpre meta, empata e continua em 3º
DA REPORTAGEM LOCAL
O Corinthians cumpriu a meta
estipulada na previsão do técnico
Carlos Alberto Parreira e empatou ontem com o Bahia fora de casa. O ponto conquistado manteve
o time na terceira posição. Já o Bahia, que agora tem 27 pontos, vai
decidir a luta contra o descenso
diante da Lusa, no domingo.
Sem a possibilidade de alcançar
a liderança, Parreira escalou uma
equipe menos ofensiva e deixou
claro que a sua intenção era apenas manter o Corinthians entre os
quatro primeiros do campeonato.
"Estamos classificados e não temos que nos arriscar", disse.
Em vez do rotineiro 4-3-3, o técnico corintiano inovou e não escalou três atacantes. O meia Marcinho ocupou a vaga que é disputada por Guilherme e Leandro,
que não estão machucados.
Outro meia, Juliano, ocupou a
vaga do suspenso Renato.
O outro suspenso, Doni, deu vaga a Rubinho no gol. Além disso,
o time ainda ficou com jogador a
menos no banco de reservas. Isso
porque Fabrício não soube informar o anestésico que seu dentista
lhe aplicou sem o conhecimento
da comissão técnica na última segunda-feira e que poderia ser detectado no exame antidoping.
Mesmo sem três titulares, o Corinthians não mudou a sua tática
de valorizar a posse de bola.
Apostava nos contra-ataques,
pouco ameaçava o gol de Emerson, mas também não deixava
que Rubinho, que não atuava desde agosto, fosse acionado pelos
donos da casa, que chutaram pela
primeira vez a gol aos 17min.
O time de Candinho até melhorou a partir de então, mas a pressa
atrapalhou as melhores chances
da equipe. Foram cinco impedimentos anotados no primeiro
tempo -na maior parte das vezes, nas triangulações entre Ramalho, Nonato e Róbson.
Aos 23min, depois de falha da
zaga corintiana, Róbson recebeu
na pequena área de Ramalho, cabeceou para baixo, mas Rubinho
fez boa defesa.
Do lado dos paulistas, o novo
esquema deu mais certo pela esquerda, de onde saíram as melhores chances com Gil, que também
teve suas jogadas (três) anuladas
por impedimento.
Mas foi Marcinho, pela direita,
quem mais perto chegou do gol
no primeiro tempo. Aos 13min, o
meia passou pela marcação, invadiu a área e chutou forte, mas a
bola saiu por cima do travessão.
O intervalo serviu para Parreira
pedir para a sua equipe manter a
mesma tática e para Candinho
apelar. "É tudo ou nada", disse o
técnico do time baiano, que aproveitou para brincar com Parreira.
"Você podia facilitar as coisas para mim, não é?", disse.
O pedido de Candinho a seus jogadores fez efeito. O Bahia voltou
melhor e pressionou nos primeiros dez minutos. Róbson teve
duas boas chances de abrir o placar com cabeceios -o primeiro
foi cortado quase em cima da linha por Rogério (1min); e o segundo saiu direto pela linha de
fundo (3min).
Foi a vez de o Corinthians se defender. Emerson fez a primeira
defesa apenas aos 17min. Marcinho tabelou com Rogério e chutou forte, mas o goleiro do Bahia
fez ótima defesa.
O Corinthians melhorou na
partida. Gil e Kléber armaram
boas jogadas, mas que não terminaram com boas finalizações. Melhor fez Juliano, aos 27min, que
recebeu de Rogério e chutou forte. Emerson impediu que os paulistas abrissem o placar.
As melhores chances do Bahia
foram com bolas paradas. Róbson e Geraldo cobraram faltas da
entrada da área, mas Rubinho fez
ótima defesa no primeiro caso
(aos 37min) e viu a bola sair direto
no segundo.
Nem a entrada de Leandro na
vaga de Marcinho melhorou a
pontaria do ataque do Corinthians, que volta a campo domingo, contra o Vasco.
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