São Paulo, segunda-feira, 14 de novembro de 2005

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VÔLEI

Chinesas no caminho

CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

O que você acha de estrear em um torneio logo contra o grande favorito ao título? Complicado, não é? Mas é exatamente esse o desafio da seleção brasileira feminina. Na madrugada desta terça-feira, o time estréia na Copa dos Campeões contra a China, a atual campeã olímpica.
Se vencer, abre o caminho para o título. Se perder, fica com chances reduzidas, já que o torneio é em turno único. As seis seleções se enfrentam e quem tiver a melhor campanha será campeã. Brasil e EUA têm mais possibilidades de vencer a China. Japão, Coréia e Polônia são mais fraquinhos.
Difícil fazer prognóstico. O Brasil ganhou todos os títulos que disputou neste ano. As únicas derrotas que sofreu foram para a China. O time também está sem Paula Pequeno, que está grávida, e ganhou uma nova titular na ponta: Sassá. Na reserva para essa posição tem duas novatas: Fernanda, 20 anos, e Natália, 16.
Sassá tem bom saque e passe, mas no ataque não tem a força e a eficiência de Paula.
Outro problema é o bloqueio, fundamento que Sassá tem treinado muito. Mas a maior questão é: se ela ou Jaqueline, que joga na outra ponta, precisarem sair de quadra, como será a atuação das reservas novatas?
Já deu para perceber que esse é o ponto vulnerável da seleção. Tanto que uma das opções que o técnico José Roberto Guimarães testou nos últimos treinos foi deslocar a central Valeskinha, que tem bom passe, para a ponta da rede. A atuação da jogadora animou o técnico e poderá ser usada em uma emergência.
Com Valeskinha na ponta, o time ganha em velocidade e bloqueio, mas perde em força de ataque. Para 2006, o técnico não terá tantos problemas nessa posição. A atacante Mari voltará ao time. Ela foi inscrita entre as 18 da Copa dos Campeões, mas não viajou porque ainda se recupera da cirurgia no ombro.
Há nove dias no Japão, o Brasil fez uma série de amistosos contra a seleção da casa. Ganhou 10 dos 15 sets disputados. A base do time, que também deve começar contra a China, é a levantadora Carol e a oposto Sheila; as ponteiras Jaqueline e Sassá; as centrais Valeskinha e Carol; e a líbero Fabi.
A maior preocupação é com a velocidade do time chinês. Tanto que o Brasil tem treinando com a seleção japonesa para pegar o tempo das bolas chinesas, que são ainda bem mais rápidas do que as japonesas. E para piorar, a China tem a melhor levantadora do mundo hoje: Kun Feng.
A preocupação com a China é tanta que na semana passada o técnico Zé Roberto não aceitou fazer amistoso com a Polônia, segunda adversária do Brasil. O motivo: para o time é mais interessante jogar contra equipes mais velozes. O técnico também diz que esse amistoso seria mais benéfico para as polonesas.
Está certo que a Polônia surpreendeu a Itália na final do Europeu, mas ainda não dá para colocar as fichas nesse time. Os grandes adversários são a China e os EUA, da técnica Lang Ping. Vale lembrar que as americanas venceram as cubanas na final do torneio continental.

Paulista
Está animada a disputa por uma vaga na final do Paulista. A Unisul/ Barueri e o Pinheiros-Minas, que tinham vencido respectivamente Ulbra-São Paulo e Banespa no primeiro jogo das semifinais, perderam na rodada do fim de semana. A batalha acaba amanhã: quem vencer a terceira e última partida se classifica para a decisão do título.

Estrelas
A levantadora Fofão está com a bola toda. Ela foi convocada para a seleção do resto do mundo que vai enfrentar a Itália, a atual campeã mundial, no próximo sábado. O jogo das estrelas é uma tradição no Campeonato Italiano e reúne as atletas que se destacam no torneio. Fofão joga no Perugia e nesta temporada luta para conquistar o segundo título italiano consecutivo.


E-mail: cidasan@uol.com.br

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