DA REPORTAGEM LOCAL

Nigel Mansell guiou como Nigel Mansell, Emerson Fittipaldi foi Emerson Fittipaldi, e os dois protagonizaram ontem a prova de estréia da Grand Prix Masters.
A vitória, em Kyalami, na África do Sul, foi do inglês, campeão da F-1 em 92 e da Indy em 93. O brasileiro, bicampeão da F-1 em 72 e 74 e vencedor da Indy em 89, chegou em segundo lugar, a 0s408.
"Que corrida! O Emerson não me deixou em paz por nenhum segundo. Ele é uma lenda, eu o admiro, mas hoje [ontem] ele foi um pé no saco", disse Mansell, 52.
Emerson, 58, também rasgou seda. "O Ayrton [Senna] uma vez me contou que o Nigel tinha um controle incrível do carro. Pude ver isso bem de perto. Ele grudou o pé no acelerador e não tirou pelas 30 voltas da corrida", declarou.
Foi sua primeira corrida de monopostos desde o acidente que sofreu no oval de Michigan, em 96.
Largando na pole, Mansell foi perseguido por toda a prova por Emerson. Cada um a seu estilo.
Enquanto o "leão", notório por seu arrojo às vezes excessivo, travava rodas a todo instante e fazia curvas de lado, o "rato" preferia pressionar e esperar por uma chance de ultrapassar. Que quase veio na última volta: Mansell abriu espaço numa freada, Emerson chegou a emparelhar os carros, mas não concluiu o ataque.
O italiano Riccardo Patrese foi o terceiro colocado. O único acidente aconteceu entre os franceses René Arnoux e Jacques Laffite.
Segundo os organizadores, o público no autódromo sul-africano foi de 70 mil pessoas. A segunda etapa do campeonato, que reúne astros do passado da F-1, acontece em janeiro, no Qatar.


Texto Anterior: A personagem: Sassá treina para deixar de ser "arma secreta"
Próximo Texto: Vôlei - Cida Santos: Chinesas no caminho
Índice