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Virada
Seleção brasileira sua para virar semifinal contra o Japão e, hoje, na busca por título inédito do Mundial de vôlei, equipe reverá algoz de 2006, a Rússia
MARIANA BASTOS
DE SÃO PAULO
"A gente já sabia que ia ser
difícil, mas não tão difícil
desse jeito." A líbero Fabi resumiu bem o sentimento da
seleção brasileira logo depois da suada vitória sobre o
Japão por 3 sets a 2 (22/25,
33/35, 25/22, 25/22 e 15/11),
na semifinal do Mundial.
Hoje, um dia após encarar
a batalha em Tóquio, o Brasil
buscará mais uma vez o título inédito, atuando contra o
seu algoz do último Mundial,
a Rússia. Os dois finalistas do
campeonato chegam invictos à decisão, mas as brasileiras entrarão em quadra hoje
certamente mais cansadas.
Ontem, atuando diante de
um ginásio lotado em Tóquio, o Brasil precisou virar
uma partida no qual estava
perdendo por 2 sets a 0 e contra uma equipe cuja principal
força se encontra na defesa.
Mesmo contando com
uma equipe com média de altura 10 cm maior do que a do
Japão, o Brasil batalhava a
todo instante para converter
seus ataques em pontos.
"É complicado, chega uma
hora que cansa [atacar e a bola não cair], e a gente fica
pensando: "Não sei o que eu
faço agora". É impressionante, e irritante, como falou a
Fabi. A gente dá porrada, e a
bola sobe, a gente larga, e a
bola sobe, mas que bom que
deu tudo certo", disse uma
aliviada Natália após o jogo.
Mas não foi só a defesa japonesa que sobressaiu. O
Brasil abusou do direito de
errar, sobretudo nos dois primeiros sets. No total, o Brasil
cedeu 34 pontos em erros,
enquanto o Japão, 20.
O panorama do jogo só
mudou no terceiro set, quando o técnico José Roberto
Guimarães colocou em quadra a ponteira Sassá no lugar
de Jaqueline. A reserva virou
bolas sucessivas, e o time nacional ganhou confiança suficiente para sair do sufoco.
Fabiana também foi peça
fundamental para a virada
no jogo. A meio de rede pediu
repetidamente que a bola
fosse levantada para ela nos
terceiro e quarto sets. E a
levantadora Fabíola atendeu
ao pedido da capitã.
"Chamei a responsabilidade para mim para deixar as
meninas tranquilas, para podermos ir para cima juntas",
contou Fabiana, que marcou
20 pontos ontem, uma pontuação elevada para alguém
que atua em sua posição.
"Eu sabia que, se eu rodasse uma bola, eu ia vibrar tanto, gritar tanto, que ia puxar
o time junto. Falei: "Vamos
que nosso momento é agora,
e cada ponto vale ouro"."
A vitória motivou o time
brasileiro. O fantasma da
derrota de 2006 na final para
a Rússia já não assusta mais
a equipe de Zé Roberto. Há
quatro anos, o Brasil deixou
escapar o título no tie-break.
"2006 já passou. O grupo é
outro. A situação é outra. Estou focada no que está acontecendo hoje", disse Fabiana, uma das quatro titulares
do Brasil que jogaram contra
as russas há quatro anos.
Sheilla, Jaqueline e Fabi também estavam em quadra.
NA TV
Brasil x Rússia
Final do Mundial feminino de vôlei
8h30 Band e Sportv
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