São Paulo, domingo, 14 de dezembro de 1997.



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FUTEBOL
Clubes da 1ª divisão vetam rebaixamento e podem receber punição
Federação reage contra a virada de mesa na Escócia

das agências internacionais

Os clubes da Liga da Escócia, que corresponde à primeira divisão do país, decidiram suspender o rebaixamento e o acesso no final da temporada. A medida gerou revolta dos times da segunda divisão, com apoio da federação escocesa.
Os clubes da Liga, liderados pelos presidentes do Hearts, líder do campeonato, e do Hibernian, ameaçado de cair, anunciaram o fim do rebaixamento e do acesso num debate pela TV, na quinta-feira à noite.
O Dundee, líder da segunda divisão, foi quem mais se revoltou.
A Federação de Futebol da Escócia ameaçou tornar a liga pirata e pedir os desligamentos desses clubes da Uefa e da estrutura do futebol internacional.
A atitude da Liga da Escócia tem paralelo no Brasil. Em 87, quando os clubes de maior torcida fundaram o Clube dos 13, pretendiam fazer um campeonato separado, sem acesso e descenso. Sem força política, acabaram se submetendo à CBF e aceitando o rebaixamento.
Mas, com a provável liberação das ligas no Brasil, autorizada pelo projeto de lei Pelé, vários dos sócios do Clube dos 13 já sinalizaram a volta a essa posição.
No segundo semestre do ano que vem surgiria a Liga Nacional, com todos os filiados ao Clube dos 13, que agora são 16, inclusive o Fluminense, que foi rebaixado em 1996, mas não caiu, e em 1997 à segunda divisão.
Mas na Escócia, ao contrário do Brasil, a Federação Escocesa se colocou contra a virada de mesa e não a patrocinou, como aconteceu nas vésperas do Campeonato Brasileiro deste ano.


Com a Reportagem Local



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