Datafolha mostra crescimento na rejeição e queda de 11% na avaliação positiva do técnico da seleção

Número de brasileiros que defendem a manutenção do treinador (44%) é maior que o dos que desejam sua substituição por outro (37%)

DA REPORTAGEM LOCAL

Após um ano de queda no desempenho da seleção brasileira, aumentou a rejeição e caiu o apoio ao técnico Dunga à frente da equipe nacional. É o que aponta pesquisa Datafolha.
Realizada entre os dias 25 e 28 de novembro, com 3.486 pessoas, a enquete mostrou que caiu em 11% o número de brasileiros que consideram ótimo ou bom o trabalho do técnico. Ao final de 2007, sua avaliação positiva era de 44% -ficou em 33% no mês passado.
Também subiu em 10% o percentual do público que considera péssimo ou ruim o desempenho de Dunga. Há um ano, ele era rejeitado por 9%, percentual que subiu para 19%.
O número de pessoas que entendem que o trabalho é regular manteve-se quase estável: passou de 30% para 32%, porcentagem dentro da margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos percentuais. O restante, 16%, não soube opinar.
A enquete foi concluída nove dias após o jogo entre Brasil e Portugal, vencido pela seleção por 6 a 2. Mas reflete o desempenho irregular na temporada.
O time sofreu a primeira derrota nestas eliminatórias para o Paraguai (2 a 0). E também perdeu pela primeira vez para a Venezuela na história dos confrontos, em amistoso. Acabou o ano em segundo no classificatório, atrás dos paraguaios, graças ao fiasco argentino.
Tanto que é maior a avaliação negativa do técnico entre os que têm muito interesse no futebol. Nesse público, sobe para 25% os que consideram seu trabalho ruim ou péssimo. Nessa camada, repete-se a avaliação positiva da média geral (em torno de um terço).
Dunga também sofre maior rejeição e tem menos apoio no Sul do país -ele mora no Rio Grande do Sul, onde nasceu. Na região, só 23% acham bom ou ótimo o trabalho do técnico. É o único local em que a avaliação positiva está empatada tecnicamente com a negativa (22%).
Dunga tem maior aprovação no Nordeste, no Centro-Oeste e no Norte. No Sudeste, os números são próximos dos verificados na média nacional.
Apesar da queda na avaliação de Dunga, há mais pessoas que desejam sua manutenção como técnico da seleção pela CBF do que sua substituição.
No total, 44% dos entrevistados desejam a continuidade do treinador. Enquanto isso, 37% querem sua substituição.
Dunga goza de maior apoio entre as mulheres do que entre os homens. No sexo masculino, há empate técnico entre os que querem sua saída e sua permanência. Mais uma vez, a região Sul é onde há mais pedidos pela cabeça do treinador da seleção.
Caso a CBF optasse pela saída de Dunga, Luiz Felipe Scolari seria o favorito da torcida, seguido de Vanderlei Luxemburgo e Muricy Ramalho.


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