São Paulo, segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

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CIDA SANTOS

Dois torneios


Rio e Osasco disputam a ponta da Superliga feminina; os outros times brigam para terminar em terceiro lugar


NA SUPERLIGA feminina, não tem mistério. Mais uma vez, Osasco e Rio de Janeiro são os grandes favoritos. No próximo sábado, os dois times vão se enfrentar e decidir quem termina o primeiro turno invicto e na liderança. Às outras equipes resta brigar pelo terceiro lugar.
O técnico Antônio Rizola, do São Caetano, diz que os times conseguem apertar Rio e Osasco e fazer bons sets. O problema é na hora da decisão. Segundo ele, a qualidade do elenco e a experiência pesam. O Macaé chegou perto: perdeu o jogo, mas ganhou dois sets do Osasco.
Como o roteiro todo ano é o mesmo, uma dica para o torneio ganhar mais graça é acompanhar as duas disputas paralelas como se fossem dois campeonatos. Uma é a luta pelo título entre os dois favoritos e a outra é a batalha de quem termina com a melhor campanha entre as outras seis equipes.
Nessa outra disputa, a liderança é do São Caetano. O técnico Antônio Rizola diz que se sente em primeiro lugar já que só perdeu dos dois favoritos, Osasco e Rio. Ganhou de todos os outros, até do Minas e do Macaé, os dois adversários que estão mais encostados no seu time na tabela. O Macaé conta com algumas jogadoras mais experientes como a levantadora Carol, da seleção brasileira, e a atacante Danielle Scott, da seleção americana. Já São Caetano e Minas têm perfis de times semelhantes: são compostos pela nova geração do vôlei brasileiro. Exemplo: o São Caetano tem oito campeãs mundiais juvenis. A levantadora Ana Cristina e as atacantes Dayse, Ciça e Paula Barros venceram o Mundial de 2001. Em 2003, foi a vez da ponteira Joyce e, mais uma vez, de Dayse. Em 2005, as atacantes Natasha e Suelle ficaram em primeiro lugar.
O Minas também tem uma turma talentosa. As estrelas da nova geração são a levantadora Ana Tiemi, a ponteira Fernanda Garay e a oposta Joyce, de 1,90m e 22 anos, que já treinou com a seleção adulta e foi campeã do Grand Prix na temporada passada. As três são campeãs mundiais juvenis.
Há quem aposte, e eu estou no meio dessa turma, que Ana Tiemi possa ser no futuro a titular da seleção brasileira. Ela tem só 19 anos e 1,86 m, uma estatura espetacular para levantadora. Talento e habilidade ela tem. Ousadia também.
Nestes tempos em que o levantador Ricardinho revolucionou o vôlei no Mundial do Japão com as jogadas mais aceleradas que já se viu na história desse esporte, Ana Tiemi segue essa tendência. A levantadora do Minas está colocando umas novidades em quadra.
A principal delas é a bola do meio do fundo com a ponteira Fernanda Garay. A bola é bem rápida, quase em cima da central, que está na rede. Fernanda vem de trás, da linha dos três metros, e ataca. A jogada é igual a que a dupla Ricardinho e Giba faz na seleção. Um espetáculo.

MAIS UM LIVRO
Depois de Bernardinho, agora é a vez de Virna, ex-atacante da seleção, lançar um livro: "Virna, no suor e na luta, a trajetória de uma guerreira", escrito por Cacau Hygino. O lançamento é amanhã, no Rio. O título abre a coleção "Perfil de atleta", do selo COB Cultural.

TURBULÊNCIA ITALIANA
Entre sexta-feira e sábado, o presidente da federação italiana, Carlo Magri, deve anunciar o novo projeto para a seleção masculina. A grande questão é se o técnico Gianpaolo Montali continua no cargo.

TURBULÊNCIA ITALIANA 2
Segundo um site italiano, Renan, técnico do Florianópolis, foi convidado para comandar o projeto das categorias de base, mas não mostrou interesse. Renan também é cotado para substituir Montali.

cidasan@uol.com.br


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