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Alonso faz elogio, mas tira Massa do páreo
Para espanhol, os melhores duelos da F-1 neste ano não terão o brasileiro
"Marqueteiro", bicampeão
repete juras que fizera na
McLaren e declara que a Ferrari será a equipe em
que encerrará sua carreira
TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A MADONNA DI CAMPIGLIO
"Estamos começando um
novo Mundial e será uma disputa interessante com o Lewis
[Hamilton], o Jenson [Button],
o Michael [Schumacher], os pilotos da Red Bull [Sebastian
Vettel e Mark Webber]..."
Ato falho ou não, na primeira
entrevista como piloto da Ferrari, Fernando Alonso ignorou
o companheiro Felipe Massa
ao falar sobre os duelos que
prevê no Mundial de F-1, que
começa no dia 14 de março.
E, apesar de a escuderia negar que haverá favorecimento a
algum piloto, o bicampeão deixou claro seu lugar no time.
"Nunca pedi para ser número
um em nenhum dos times pelos quais passei. Isso vem de
não sei onde e continua sendo
repetido por uma minoria", falou ontem, em Madonna di
Campiglio, onde a Ferrari organiza todos os anos um encontro
com a imprensa mundial.
"O que não quero, com certeza, é ser o número dois, algo que
aconteceu algumas vezes em
2007", disse ele, sobre seu insucesso na McLaren, quando foi
companheiro de Hamilton e
deixou a equipe ao fim do primeiro de três anos de contrato.
Apesar do discurso até agressivo, Alonso tem aproveitado a
semana na estação de esqui para fazer uma das coisas que
mais sabe: política. De conversas de pé de ouvido com Stefano Domenicali, chefe ferrarista, a "plantões inocentes" no
centro de imprensa do evento,
o espanhol adotou atitude mais
"marqueteira" que a de seu novo parceiro. E bem diferente da
de seu antecessor, Kimi Raikkonen, que nem italiano falava.
Até afagou o piloto brasileiro.
"Tive desentendimentos com o
Felipe em 2007, mas foram coisas passageiras e que já resolvemos", explicou ele, que teve algumas discussões acaloradas
com Massa naquela temporada
por um não concordar com manobras do outro na pista.
"Tenho aproveitado para
conversar com o Felipe. Neste
meu começo na Ferrari, ele será muito importante porque já
conhece o time, e será bom poder seguir os passos dele."
Nos cerca de 40 minutos em
que esteve com a imprensa,
Alonso também citou patrocinadores e parceiros e fez juras
de amor à Ferrari, o que já havia feito com que Hamilton comentasse que ele fizera o mesmo ao chegar à McLaren.
"Para qualquer piloto, a Ferrari é o ponto mais alto da carreira. Depois de passar por esta
equipe, é praticamente impossível achar motivação para correr por qualquer outro time",
disse o espanhol, que já foi também da Minardi e da Renault.
"Estou 100% certo de que a
Ferrari será minha última
equipe", disse ele, que se mudou de Genebra para Lugano,
na Suíça, para ficar mais perto
da fábrica ferrarista.
A jornalista TATIANA CUNHA viaja a convite
da Ferrari
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