São Paulo, quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

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União aceita pagar mais R$ 53 mi da conta do Pan

Prefeitura do Rio arcará com outros R$ 40 mi do saldo devedor do evento

Cesar Maia utiliza parte da arrecadação com bilheteria dos Jogos para dar conta de sua parte, enquanto governo do Rio remaneja Orçamento

EDUARDO SCOLESE
PEDRO DIAS LEITE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em reunião ontem no Palácio do Planalto, representantes do Co-Rio (comitê organizador do Pan), Prefeitura do Rio de Janeiro, governo fluminense e Ministério do Esporte definiram quanto cada uma das partes arcará para quitar os R$ 103 milhões que restam para a conclusão das obras dos Jogos.
Desse valor, que, de acordo com eles, representa 3% do custo total do evento, R$ 53 milhões sairão dos cofres da União, segundo o ministro Paulo Bernardo (Planejamento).
O governo do Rio entrará com R$ 10 milhões, enquanto o restante (R$ 40 milhões) ficará por conta da prefeitura.
Parte desses R$ 40 milhões sob responsabilidade da capital fluminense virá do adiantamento da previsão de arrecadação com as bilheterias dos eventos esportivos do Pan.
No encontro de ontem, o governo do Rio anunciou que conseguiu remanejar recursos do Orçamento do Estado para quitar cerca de R$ 80 milhões restantes para o custo com a segurança do evento, que será realizado de 13 a 29 de julho.
Os Jogos Pan-Americanos, de acordo com o ministro Orlando Silva Júnior (Esporte), terão um custo de R$ 3 bilhões -metade disso bancada pelos cofres do governo federal.
Entre outros, participaram da reunião os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Dilma Rousseff (Casa Civil), o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e o presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Carlos Arthur Nuzman.
Depois do encontro, integrantes dos governos municipal (PFL) e estadual (PMDB) pareciam em lua-de-mel com Orlando Silva Jr., do PC do B.
"Trata-se de uma aliança pefelista-comunista-tucana", afirmou o secretário de Esporte e Turismo do Estado, Eduardo Paes, lembrando-se a seguir de citar o PMDB, partido do governador Sérgio Cabral.
A troca de elogios prosseguiu. "É um caso de amor. Há uma harmonia absoluta", afirmou o ministro, que aproveitou para alfinetar a antiga gestão -de Rosinha Matheus. "[A relação com o governo do Rio de Janeiro] mudou da água para o vinho", declarou Silva Jr.


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