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União aceita pagar mais R$ 53 mi da conta do Pan
Prefeitura do Rio arcará com outros R$ 40 mi do saldo devedor do evento
Cesar Maia utiliza parte da arrecadação com bilheteria dos Jogos para dar conta de sua parte, enquanto governo do Rio remaneja Orçamento
EDUARDO SCOLESE
PEDRO DIAS LEITE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em reunião ontem no Palácio do Planalto, representantes
do Co-Rio (comitê organizador
do Pan), Prefeitura do Rio de
Janeiro, governo fluminense e
Ministério do Esporte definiram quanto cada uma das partes arcará para quitar os R$ 103
milhões que restam para a conclusão das obras dos Jogos.
Desse valor, que, de acordo
com eles, representa 3% do
custo total do evento, R$ 53 milhões sairão dos cofres da
União, segundo o ministro Paulo Bernardo (Planejamento).
O governo do Rio entrará
com R$ 10 milhões, enquanto o
restante (R$ 40 milhões) ficará
por conta da prefeitura.
Parte desses R$ 40 milhões
sob responsabilidade da capital
fluminense virá do adiantamento da previsão de arrecadação com as bilheterias dos
eventos esportivos do Pan.
No encontro de ontem, o governo do Rio anunciou que
conseguiu remanejar recursos
do Orçamento do Estado para
quitar cerca de R$ 80 milhões
restantes para o custo com a segurança do evento, que será
realizado de 13 a 29 de julho.
Os Jogos Pan-Americanos,
de acordo com o ministro Orlando Silva Júnior (Esporte),
terão um custo de R$ 3 bilhões
-metade disso bancada pelos
cofres do governo federal.
Entre outros, participaram
da reunião os ministros Guido
Mantega (Fazenda) e Dilma
Rousseff (Casa Civil), o governador do Rio de Janeiro, Sérgio
Cabral, e o presidente do COB
(Comitê Olímpico Brasileiro),
Carlos Arthur Nuzman.
Depois do encontro, integrantes dos governos municipal (PFL) e estadual (PMDB)
pareciam em lua-de-mel com
Orlando Silva Jr., do PC do B.
"Trata-se de uma aliança pefelista-comunista-tucana",
afirmou o secretário de Esporte
e Turismo do Estado, Eduardo
Paes, lembrando-se a seguir de
citar o PMDB, partido do governador Sérgio Cabral.
A troca de elogios prosseguiu. "É um caso de amor. Há
uma harmonia absoluta", afirmou o ministro, que aproveitou
para alfinetar a antiga gestão
-de Rosinha Matheus. "[A relação com o governo do Rio de
Janeiro] mudou da água para o
vinho", declarou Silva Jr.
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