Desafetos quando lideraram última dinastia da NBA, no LA Lakers, armador e pivô voltam a atuar numa mesma equipe após 5 anos

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Condutores da última dinastia da NBA, no LA Lakers, Shaquille O'Neal e Kobe Bryant voltarão hoje a jogar na mesma equipe após apenas se enfrentarem nos últimos cinco anos.
O pivô do Phoenix e o armador, que ainda está nos Lakers, atuaram pela última vez juntos nas finais de 2003/04, quando o time de Los Angeles acabou derrotado pelo Detroit (4 a 1).
Apesar das trocas de farpas constantes pela imprensa, quando atuavam juntos, o distanciamento serviu para que as diferenças se apaziguassem.
"Será divertido ver como eles irão se comportar juntos", diz o técnico Phil Jackson, que irá dirigir a equipe do Oeste hoje.
Foi o treinador, aliás, quem deu sustentação à individualidade das estrelas para conduzir o LA Lakers ao tricampeonato da NBA entre 2000 e 2002.
A separação não fez bem aos dois. O'Neal ganhou só mais uma taça, em 2006, pelo Miami. Kobe voltou às finais na última temporada para ver seu time ser destruído pelo Boston.
Cada um se habituou também a se reencontrar no All-Star Game em equipes opostas. O'Neal passou a defender o Leste a partir de sua transferência para a equipe da Flórida.
E, no ano passado, ambos cumpriram uma jornada apagadíssima na festa da NBA.
Em má fase e enfrentando constantes lesões, o pivô ficou ausente do evento depois de 14 temporadas consecutivas.
Já Kobe, com o dedo machucado, deixou a quadra logo no início do confronto. Mais jovem atleta a estrear em um All-Star -tinha 19 anos na festa de 1998-, o armador pela primeira vez saiu em branco, sem marcar pontos na partida.
De volta ao mesmo time, Shaquille não economiza elogios ao antigo desafeto.
"Sou um privilegiado porque vivi três eras do All-Star Game. Estava na era de Michael [Jordan] e [Charles] Barkley, integrei a minha era e a do Kobe e agora participo da era LeBron [James], [Dwyane] Wade e Dwight Howard", analisou ele.
Para LeBron, astro do Cleveland, vice-líder da Conferência Leste, o Jogo das Estrelas será uma grande distração.
"Adoro jogar contra os melhores do mundo. Os três primeiros quartos são pura diversão. O último período é quando realmente o jogo tem início."
Para a organização, o evento já começou. Em razão da crise econômica dos EUA, vários eventos secundários foram cancelados. Outros ocorrerão sem esbanjamento. É o caso da festa da Associação dos Jogadores, que terá DJ, e não mais performance ao vivo de músicos.
"Jogadores e patrocinadores estão cientes do que a população do país está enfrentando", afirmou Derek Fisher, presidente da associação dos atletas.