São Paulo, terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

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ANÁLISE

Ao decidir parar, craque "se mata" para entrar na história

DE SÃO PAULO

Quando deixou a sala de entrevistas do Corinthians, Ronaldo foi aplaudido por boa parte dos jornalistas. Ao deixar o CT do clube, torcedores pediam autógrafos.
Há poucos dias, até o ex -presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedia sua aposentadoria e o criticava pela má forma física, chamando-o de "gordo". Organizadas queriam sua saída do clube.
Para um jogador de futebol, a aposentadoria é uma "primeira morte", como reconheceu o próprio Ronaldo. Ao "se matar" ontem à tarde, o Fenômeno angariou simpatia quase unânime.
Parecia querer repetir o efeito obtido pelo presidente Getúlio Vargas ao se suicidar em 1954. Na época, ele so fria pressão porque seu chefe de guardas, Gregório Fortunato, envolvera-se em tentativa de assassinato do oposicionista Carlos Lacerda.
Na carta de despedida, Getúlio escreveu: "Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante".
Ontem, Ronaldo disse ter "dado o máximo que nunca tinha imaginado que podia", ao falar sobre o esforço para jogar apesar das dores. Para ele, os críticos devem estar arrependidos de ironizá-lo.
Saiu do Corinthians para entrar na história do futebol. (RODRIGO MATTOS)


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