São Paulo, terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

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glória

Ronaldo só jogou por times grandes, fez mais de 450 gols e teve na seleção brasileira o maior número de títulos conquistados

DE SÃO PAULO

Pelé, Garrincha, Zico, Romário. Todos eles, especialmente no fim das suas carreiras profissionais, jogaram em times pequenos ou de países do segundo, ou até terceiro, escalão da bola.
Não foi o caso de Ronaldo.
Desde o seu primeiro jogo como profissional, pelo Cruzeiro, em jogo do Campeonato Mineiro contra a Caldense, o agora aposentado centroavante só vestiu camisas de clubes de primeira linha.
Ronaldo não conheceu o ostracismo, a sensação de jogar em estádios vazios, a desolação de atuar por times que não disputavam o título.
Deixou os gramados como o maior artilheiro das Copas e com três títulos de melhor jogador do mundo pela Fifa (1996, 1997 e 2002).
Seu carisma e sua qualidade fizeram até que fosse ídolo em arquirrivais, como no Barcelona e no Real Madrid e na Inter de Milão e no Milan.
Tamanha é a grandeza dos clubes defendidos por Ronaldo que não é excepcional a lista de títulos conquistados por ele nesses times. Foram 12 taças por clubes até hoje.
Mas foram só dois campeonatos nacionais. Em um deles, pelo Real Madrid, participou só de metade do torneio antes de ir para o Milan.
A maioria dos títulos que conquistou foi em competições de uma só partida, como Supercopas e o Mundial interclubes de 2002.
Mesmo jogando apenas em gigantes europeus, Ronaldo nunca conquistou a Copa dos Campeões. Ele não chegou nem na decisão do mais importante torneio de clubes do planeta.
Também não teve o gosto de ganhar o Brasileiro, que disputou apenas três vezes (uma pelo Cruzeiro e outras duas pelo Corinthians).
Se termina a carreira sem um caminhão de títulos por clubes (na seleção brasileira ganhou duas Copas, duas vezes a Copa América e uma Copa das Confederações), Ronaldo pendura as chuteiras com muitos gols marcados.
Foram mais de 450 como profissional, com uma média próxima a 0,7 por partida.
O último fez barulho como quase tudo na carreira de Ronaldo. Aconteceu em um polêmico pênalti a favor do Corinthians contra o Cruzeiro, no Pacaembu, pelo Brasileiro do ano passado. Ronaldo converteu com maestria.


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