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TÊNIS
Sal grosso
RÉGIS ANDAKU
COLUNISTA DA FOLHA
Perfeito: em casa, Flavio
Saretta, desacreditado, começou atrás, mas quebrou cinco
vezes o saque de Juan Carlos Ferrero e, com atuação irrepreensível, foi a surpresa na primeira rodada da Costa do Sauípe.
Saretta vinha de um título no
Challenger de São Paulo. Acompanhado pelo equilibrado Jaime
Oncins e "disputando" o posto de
melhor do país com Marcos Daniel, parecia ter o gás necessário
para voltar à melhor fase -não
faz nem dois anos e meio, era o
44º do mundo.
No jogo seguinte, porém, Saretta foi nocauteado -no terceiro
game do segundo set contra Nicolás Almagro, chegou a cair no
chão. Levantou, mas não resistiu
ao espanhol. Naquela semana,
ainda foi obrigado a desistir de
Acapulco, com dores nas costas.
Há pouco mais de uma semana,
porém, a maré parecia melhorar
para Saretta. Conseguiu, méritos
próprios, vaga na chave do Masters Series de Indian Wells. Só
que, inexplicavelmente, a trocou
por outra, no qualifying do Challenger de Sunrise.
Ele ainda viu dois rivais desistirem e conseguiu um lugar direto
na chave principal na Flórida.
Dos males, o menor, sei lá.
Saretta viajaria então no sábado. Sentiu o púbis e voou apenas
no domingo. Anteontem, porém,
teve de desistir. O motivo: uma inflamação no púbis.
Ricardo Mello chegou à Costa
do Sauípe sem a badalação do
ano anterior, quando aparecia
em boa fase. No dia em que estreava no ATP, despencava 34 posições no ranking, para quase 200.
Não bastasse o calor do verão
baiano, passou sufoco com uma
atuação regular na estréia, contra
um modesto tenista costarriquenho. Mas venceu, marcou 6/0 no
terceiro set e colocou ali um fim a
cinco meses -isso, cinco meses-
sem vitórias no circuito. Parecia
possível planejar a volta ao número 50 do mundo, como ele era
havia menos de um ano.
Como Saretta, porém, Mello
saiu nocauteado na segunda rodada. Contra Boris Pashanski,
não rendeu. Diante do sólido jogo
de fundo do sérvio, nada conseguiu fazer. Quando sacava, era
constantemente ameaçado.
A volta de Mello começaria pelos torneios de segunda linha.
Mas em Campinas, na semana
passada, nos últimos treinos antes de viajar para o Equador, onde disputaria o Challenger de Salinas, sentiu dores no ombro. E teve de desistir. Não viajou.
Gustavo Kuerten chegou à Bahia exalando otimismo: "Minha
expectativa é vencer na estréia e
superar as primeiras rodadas",
disse, um pouco antes da estréia.
"Eu estou bem preparado, inclusive fisicamente, e só preciso acertar detalhes para voltar a deslanchar em quadra."
Os "detalhes" não foram acertados, e Kuerten teve uma estréia-despedida melancólica diante de
André Ghem, um desconhecido
do grande público. Depois, ainda
teve de justificar as desistências
nos torneios de Acapulco, Indian
Wells, Miami e na Davis. Agora,
viagens só para exames médicos.
A salvo
Marcos Daniel treina com Larri Passos por duas semanas, na academia do treinador, em Camboriú. Oficialmente, ainda não acertaram
nada além dessas duas semanas. Mas Daniel estará com Passos sempre que estiver no país.
Errei
Thomas Berdych, jovem responsável pela eliminação de Roger Federer na Olimpíada-04, é tcheco, e não alemão, como apontado aqui há
uma semana.
Banana Bowl
Vai até domingo, em São José do Rio Preto, a tradicional competição
infanto-juvenil. Atenção para as disputas nas categorias 16 e 18 anos.
E-mail reandaku@uol.com.br
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