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Fifa esfria altitude e aquece Pequim
Entidade ratifica restrições a partidas acima de 2.500 m, e apela aos clubes pela liberação de veteranos para os Jogos
Reunião do Executivo, que definiu final olímpica para o meio-dia, breca partidas das eliminatórias para a Copa em cidades como La Paz
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL
O Comitê Executivo da Fifa
rechaçou um pedido de reconsideração da Conmebol para jogos em elevada altitude e manteve restrições para partidas a
partir de 2.500 m em suas competições. A entidade que rege o
futebol mundial também fez
um apelo para que os clubes cedam atletas para a Olimpíada.
Presidido por Joseph Blatter,
presidente da Fifa, o Comitê
Executivo reafirmou, em meio
a seis horas de debates, a decisão tomada em dezembro último com respeito à altitude.
Pelo que foi acordado, fica inviabilizada, por exemplo, partida das eliminatórias da Copa do
Mundo em La Paz, na Bolívia,
por exemplo. A cidade, que fica
a mais de 3.600 m acima do nível do mar, já recebeu jogos no
atual qualificatório do Mundial, mas deve ser vetada agora.
A Fifa estipulou períodos necessários de adaptação para os
jogos em elevadas altitudes.
Entre 2.500 e 2.750 m, ela recomenda três dias de adaptação.
Entre 2.750 e 3.000 m, ela exige
uma aclimatação de uma semana. Acima de 3.000 m, a adaptação mínima deve ser de duas
semanas, algo inviável para seleções visitantes nas eliminatórias pelo calendário mundial.
Há uma recomendação para
que esse padrão siga em torneios organizados por outras
confederações e federações.
Mas a Conmebol não reproduz
esses cuidados em suas disputas, como a Libertadores.
A Fifa ratificou a final do torneio masculino de futebol nos
Jogos Olímpicos para o meio-dia de Pequim. O Comitê Executivo fez um apelo à ""boa vontade" dos clubes para que sejam
liberados os atletas com mais
de 23 anos convocados para a
disputa -pelas regras, os times
não são obrigados a liberá-los.
A decisão masculina será no
dia 23 de agosto, no estádio
Olímpico. Kaká, por exemplo,
pode não ser liberado pelo Milan para defender o Brasil.
""As decisões tomadas hoje
[ontem] nos permitem dar uma
resposta adequada para esses
assuntos", afirmou Blatter.
O dirigente destacou na reunião o relacionamento mais
próximo da Fifa com os clubes,
com destaque para o fim do
G14, grupo que reunia os 18 times mais poderosos da Europa.
A Fifa divulgou números financeiros positivos, apesar de
""gastos imprevistos". O balanço de 2007 registrou ingressos
de US$ 882 milhões, contra
US$ 833 milhões de gastos (superávit de US$ 49 milhões).
A entidade elogiou o Comitê
Organizador da Copa da África
do Sul, mas pediu que o mesmo
supervisione de perto as obras
para o Mundial. No dia 27 de
maio, a Fifa definirá o país-sede
dos Mundiais de Clubes de
2009 e 2010. A disputa pode
continuar no Japão ou ir para a
Austrália ou Emirados Árabes.
A entidade, que reafirmou
ser contra jogos do Inglês fora
da Inglaterra, assumiu também
decisão aprovada pela International Board de estipular um
tamanho padrão para campo:
105 m x 68 m. Em jogos de seleções em estádios novos, essa
medida deverá ser obrigatória.
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