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Outro lado
Respeito à TV explica o rigor, diz procurador
DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Para o TJD de São Paulo, o
rigor no respeito ao horário
dos jogos tem como principal
motivo as transmissões das
emissoras de TV e de rádio.
"Existe uma programação
de televisão, rádio, que precisa ser cumprida. O minuto de
TV é muito caro. Se você ficar passando coisas fora do
horário que estava previsto
atrapalha", diz Antônio Carlos Meccia, o procurador-geral do tribunal paulista.
Ele diz que a obrigatoriedade do hino nacional antes
das partidas não pode servir
de desculpa pelos atrasos.
"Não acho o hino um agravante. Você pode se programar. Em vez de ficar no vestiário se aquecendo por 40
minutos, faça o aquecimento
em 35 e vá ouvir o hino, que é
importante no contexto da
coisa", afirma o procurador.
Meccia desafiou os dirigentes que colocaram a culpa
pelo atraso no equipamento
usado pela federação para fazer a identificação eletrônica
dos jogadores no Estadual.
"Se eles provarem que a
culpa é dessa maquininha,
eles não serão apenados".
O procurador diz que dificilmente um clube é julgado
sem defesa, incluindo os
mais modestos.
"A federação mantém advogados para defenderem
clubes que não têm advogados próprios. É muito raro
alguém ser julgado sem a
presença de um advogado",
fala Meccia, que diz aplicar
multas também para times
de garotos e nos torneios femininos porque a "lei é a
mesma para todos".
Nesta temporada, o tribunal criou uma tabela para
multar os clubes conforme a
divisão. Os clubes da Série A-1 pagam R$ 500 por minuto
de atraso. Os da Série A-2, R$
250, e os da A-3, R$ 125.
Para Meccia, o rigor nos
atrasos continuará. "A gente
vai continuar aplicando a lei
para o pessoal cumprir o horário em benefício do próprio futebol", diz.
(PC E GA)
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