São Paulo, domingo, 15 de março de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Outro lado

Respeito à TV explica o rigor, diz procurador

DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Para o TJD de São Paulo, o rigor no respeito ao horário dos jogos tem como principal motivo as transmissões das emissoras de TV e de rádio.
"Existe uma programação de televisão, rádio, que precisa ser cumprida. O minuto de TV é muito caro. Se você ficar passando coisas fora do horário que estava previsto atrapalha", diz Antônio Carlos Meccia, o procurador-geral do tribunal paulista.
Ele diz que a obrigatoriedade do hino nacional antes das partidas não pode servir de desculpa pelos atrasos.
"Não acho o hino um agravante. Você pode se programar. Em vez de ficar no vestiário se aquecendo por 40 minutos, faça o aquecimento em 35 e vá ouvir o hino, que é importante no contexto da coisa", afirma o procurador.
Meccia desafiou os dirigentes que colocaram a culpa pelo atraso no equipamento usado pela federação para fazer a identificação eletrônica dos jogadores no Estadual.
"Se eles provarem que a culpa é dessa maquininha, eles não serão apenados".
O procurador diz que dificilmente um clube é julgado sem defesa, incluindo os mais modestos.
"A federação mantém advogados para defenderem clubes que não têm advogados próprios. É muito raro alguém ser julgado sem a presença de um advogado", fala Meccia, que diz aplicar multas também para times de garotos e nos torneios femininos porque a "lei é a mesma para todos".
Nesta temporada, o tribunal criou uma tabela para multar os clubes conforme a divisão. Os clubes da Série A-1 pagam R$ 500 por minuto de atraso. Os da Série A-2, R$ 250, e os da A-3, R$ 125.
Para Meccia, o rigor nos atrasos continuará. "A gente vai continuar aplicando a lei para o pessoal cumprir o horário em benefício do próprio futebol", diz. (PC E GA)


Texto Anterior: Nem equipe sub-15 escapa de multas no TJD paulista
Próximo Texto: Inglês: Manchester sofre o pior revés em casa em 17 anos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.