Invicta, equipe já escapou sete vezes de derrotas

PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

O Corinthians não contará com sua principal atração, Ronaldo, contra o Santo André, hoje, no estádio Bruno José Daniel. Mas, para se manter na luta com o Palmeiras para terminar em primeiro lugar a fase de classificação do Campeonato Paulista, conta com outra arma que tem lhe sido útil até mais vezes do que o próprio Fenômeno: o poder de recuperação.
Ainda invicta na temporada, a equipe do Parque São Jorge tem se especializado em conseguir evitar derrotas depois de dar alguns sustos na torcida.
Em 2009 já foram 14 partidas disputadas. Em sete desses compromissos, todos eles pelo Paulista, o clube alvinegro esteve atrás de seu adversário no placar, porém conseguiu se recuperar e empatar ou virar o jogo a seu favor.
Barueri, Paulista, Portuguesa, Marília, São Caetano, além dos arquirrivais São Paulo e Palmeiras, tiveram o gosto de liderar o marcador em algum momento de seus duelos diante do Corinthians. Mas também tiveram o dissabor de ver a equipe alvinegra buscar a diferença e sair de campo com seu cartel na temporada ileso.
A recuperação mais difícil até agora foi justamente a primeira. Diante do Barueri, a equipe do Parque São Jorge perdia por 2 a 0 até os minutos finais do jogo. Iniciou a reação a sete minutos do fim do tempo normal e, aos 44min do segundo tempo, chegou ao empate -que por pouco não se tornou uma virada, não fosse o goleiro Renê, do Barueri, fazer grande defesa no último lance da partida.
A reação mais marcante foi a diante do Palmeiras, no último minuto de partida e ainda com o primeiro tento de Ronaldo com a camisa alvinegra.
Gols no fim de seus jogos, aliás, também têm sido uma característica do Corinthians.
Quase um terço das vezes que o time foi à rede no Estadual aconteceu nos instantes derradeiros de suas partidas.
Oito dos 25 tentos corintianos no Paulista, ou o equivalente a 32% do total, saíram nos dez minutos finais ou nos acréscimos do árbitro.
Até agora, foram seis os duelos que tiveram gols do time de Mano Menezes nos instantes derradeiros. De todos esses confrontos, em apenas um o gol tardio era dispensável. Contra o Oeste, o time fez aos 45min do segundo tempo o último da goleada por 4 a 1.
Mas, se o poder de recuperação corintiano tem se mostrado eficiente, Mano prefere não arriscar. O técnico comandou um trabalho com a defesa no treino realizado anteontem.
"Precisamos melhorar. O adversário ainda está conseguindo escapar com muita facilidade", declarou o treinador.