São Paulo, segunda-feira, 15 de março de 2010

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"Preciso fazer tudo sozinho", diz Schumacher

DA ENVIADA A SAKHIR

Um Michael Schumacher reclamão completou ontem o GP do Bahrein na sexta colocação, 1.239 dias após ter disputado sua última prova na F-1. Sétimo no grid, o piloto da Mercedes superou Mark Webber, da Red Bull, logo na largada para assumir a sexta colocação. E, exceção às seis voltas da primeira janela de pits, lá ficou.
"Hoje em dia é largar e depois meio que tentar manter o seu ritmo e não cometer erros", reclamou o heptacampeão, que concentrou atenções de fotógrafos, cinegrafistas e convidados no grid em Sakhir. "Ultrapassar é praticamente impossível agora, a não ser que alguém cometa um erro, e é isso."
Aos 41 anos e há três sem competir profissionalmente, Schumacher disse não ter tido problemas físicos, apesar de a prova ter ocorrido sob calor de 35C. "Acho que o que mais importa é quanto me diverti. E me diverti muito", disse o alemão, que contou que a largada foi o momento de maior nervosismo.
"Fiquei um pouco preocupado porque agora eu preciso fazer tudo e antes o carro fazia tudo sozinho", afirmou ele, que quando deixou a F-1, no final de 2006, a ajuda eletrônica aos pilotos ainda era permitida -foi banida no começo da temporada de 2008.
Outro motivo de reclamação do alemão foi a dificuldade em se adaptar à maneira como os pneus dianteiros da Mercedes respondem a seus comandos. "Sofri um pouco com isso, mas acho que, depois de tanto tempo longe das pistas, é natural que eu demore um pouco para me achar em algumas partes do carro", completou ele, que na disputa com o companheiro de time levou a pior. Nico Rosberg foi o quinto.
"Foi um bom começo de ano e devemos agora nos desenvolver a partir disso", declarou Rosberg, que já se classificara à frente do companheiro de Mercedes.
Para Schumacher, ter terminado em sexto foi um bom ponto de partida para seu retorno à F-1. "Ao contrário do que muitos pensam, posso lidar bem com essa posição e, a partir de agora, começar a progredir", disse o alemão.
"Não tenho medo de que isso vire rotina, porque na F-1 as coisas mudam muito rápido. Já tive anos em que comecei mal o Mundial e lutei pelo título no final." (TC)


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