São Paulo, terça-feira, 15 de março de 2011 |
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Henrique Meirelles aceita APO e exalta carreira no exterior RIO-2016 Senado terá que confirmar nome de ex-presidente do BC no cargo ANA FLOR BRENO COSTA DE BRASÍLIA O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles prometeu ontem usar seu prestígio e trânsito internacional para conseguir o financiamento necessário para a Olimpíada de 2016. "Tenho uma carreira de 30 anos, internacional, em que adquiri muita experiência e trânsito com investidores, nacionais e estrangeiros, e órgãos esportivos", explicou. Após reunião com a presidente Dilma Rousseff, ele anunciou que aceitou o convite para presidir a Autoridade Pública Olímpica (APO). Seu nome precisa agora passar pelo Senado. O futuro gestor da APO não deu detalhes sobre o orçamento ou a estrutura que pretende organizar. Mas garantiu que o preenchimento dos 181 cargos será feito seguindo critérios técnicos. "É um projeto que tem um prazo para terminar e muita complexidade. Então, os profissionais terão qualificação técnica e gestão de primeira linha e em condições de entregar a obra nos prazos." Meirelles deu a entender que pesou na escolha a credibilidade de seu nome. "Alguns membros do Comitê Olímpico Internacional me ligaram em tom de brincadeira: "Você disse que o Brasil tem condições de entregar [as obras no prazo], agora terá de ser o responsável para fazer acontecer"." Segundo ele, sediar um evento olímpico é uma demonstração da "capacidade de execução de um governo e país". "[É a demonstração da] capacidade do Brasil de ocupar espaço no mundo." "É o tipo de obra em que não pode haver atraso", disse, referindo-se aos Jogos. Sobre a flexibilização da lei de licitações, para agilizar as obras para a Olimpíada -assim como para a Copa do Mundo, proposta que o Planalto quer enviar ao Congresso-, Meirelles mostrou simpatia, mas preferiu a cautela. "Esse projeto nasceu na candidatura do Rio e faz parte de uma série de experiências com outros países. Não há dúvida de que é uma decisão soberana do Congresso." O Planalto deve sancionar nos próximos dias o projeto que cria a APO e enviar o nome de Meirelles ao Senado. A versão final da Autoridade Pública Olímpica aprovada pelo Congresso esvazia os poderes de Meirelles e condiciona aspectos como o orçamento à aprovação por um Conselho Olímpico, formado por governo federal, estadual e Prefeitura do Rio. Texto Anterior: Rio-2016 tem projeto menos abrangente Próximo Texto: Custo benefício Índice | Comunicar Erros |
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