DA REPORTAGEM LOCAL

Chamar alguém de "negro" na Argentina nem sempre tem conotação pejorativa.
Prova disso é que ídolos do país que tenham a pele ou o cabelo escuro recebem antes de seus nomes o apelido "El Negro". A lista tem cantoras na ativa, como Mercedes Sosa, grandes nomes do tango no passado, como Celedonio Flores, e até políticos, como o ex-presidente Eduardo Duhalde.
No futebol então a lista é enorme e tem nomes famosos.
Ex-meia do River Plate e da seleção argentina, "El Negro" Astrada, que também tem ótima reputação na carreira de treinador, é um deles.
Outro que recebe o apelido é o hoje zagueiro corintiano Sebá, que quando defendia o Newell's Old Boys era conhecido como "El Negro Dominguez".
Mas muitas vezes quando um argentino chama alguém de "negro" é no sentido de ofensa. É assim, por exemplo, com a população indígena e imigrantes de países sul-americanos, especialmente no caso de bolivianos e paraguaios.
Ao contrário da maioria dos países do continente, a Argentina tem uma parcela de negros insignificante na formação da sua população de quase 40 milhões de habitantes. (PC)


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