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Na China, Mercedes já pensa na fase europeia
Atrás de rivais, equipe planeja pacote de modificações para corrida na Espanha
Carro, que concentra boa parte do peso em seu eixo dianteiro, sofrerá alterações na parte aerodinâmica e na posição da caixa de câmbio
TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A XANGAI
A expectativa era enorme.
Campeã dos Mundiais de Pilotos e Construtores em 2009,
quando ainda se chamava
Brawn GP, e com o heptacampeão Michael Schumacher no
cockpit de um dos carros, a
Mercedes, no entanto, ainda
não correspondeu.
Tida como uma das quatro
grandes antes do início do
Mundial, ao lado de Ferrari,
McLaren e Red Bull, a equipe
alemã não tem conseguido fazer frente às adversárias.
Enquanto as três rivais já
venceram uma corrida cada
uma e estão separadas por apenas 15 pontos na classificação, o
melhor resultado da Mercedes
até agora foi a terceira posição
de Nico Rosberg na Malásia.
Em Xangai, onde a partir das
23h (de Brasília) acontecem
treinos livres para o GP da China, quarta etapa do Mundial de
F-1, o time não tem grandes
pretensões. Quer a vitória, claro, mas se concentra para a primeira corrida europeia, na Espanha, em três semanas.
O motivo é um só. Ciente de
que ainda lhe falta performance, a Mercedes prepara um
grande pacote de modificações
para o W01 que serão implementadas a partir da prova de
Barcelona, no próximo dia 9.
As alterações incluem a parte
aerodinâmica, a distribuição de
peso e o posicionamento da caixa de câmbio. Há ainda a possibilidade de aumentar a distância entre eixos.
Um dos principais problemas do carro é que boa parte do
peso se concentra no eixo dianteiro, o que pode ficar ainda
mais acentuado dependendo
da pista e do clima. Mas resolver o problema pode não ser tão
simples: dependendo da solução que a Mercedes escolher,
terá de submeter o W01 a um
novo teste de impacto da FIA.
"Temos de ser realistas e admitir que não estamos rápidos
o suficiente para competir com
quem está na frente", falou
Ross Brawn, chefe da equipe.
"Estamos trabalhando o máximo possível para diminuir a
vantagem dos adversários."
Schumacher, que foi sexto no
Bahrein, décimo na Austrália e
não completou na Malásia, crê
que a equipe se desenvolve como foi planejado. "Só é possível
evoluir passo a passo. Tenho
certeza de que é isso que estamos conseguindo", disse o heptacampeão, que ficou atrás de
seu colega de time em todas as
corridas desde que voltou à F-1,
depois de três anos parado.
O alemão também sofre com
o fato de os modelos saírem
muito de frente nas curvas
-ele sempre foi melhor nos
que saíam de traseira.
O motivo para esse comportamento é o fato de os carros
carregarem mais peso agora,
por causa do fim do reabastecimento, e o estreitamento dos
pneus dianteiros, o que faz com
que eles tenham menos aderência na parte dianteira.
NA TV - Treinos para o GP da China
Sportv 2, às 23h, e Sportv, às 3h
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