São Paulo, quinta-feira, 15 de abril de 2010

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Na China, Mercedes já pensa na fase europeia

Atrás de rivais, equipe planeja pacote de modificações para corrida na Espanha

Carro, que concentra boa parte do peso em seu eixo dianteiro, sofrerá alterações na parte aerodinâmica e na posição da caixa de câmbio

TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A XANGAI

A expectativa era enorme. Campeã dos Mundiais de Pilotos e Construtores em 2009, quando ainda se chamava Brawn GP, e com o heptacampeão Michael Schumacher no cockpit de um dos carros, a Mercedes, no entanto, ainda não correspondeu.
Tida como uma das quatro grandes antes do início do Mundial, ao lado de Ferrari, McLaren e Red Bull, a equipe alemã não tem conseguido fazer frente às adversárias.
Enquanto as três rivais já venceram uma corrida cada uma e estão separadas por apenas 15 pontos na classificação, o melhor resultado da Mercedes até agora foi a terceira posição de Nico Rosberg na Malásia.
Em Xangai, onde a partir das 23h (de Brasília) acontecem treinos livres para o GP da China, quarta etapa do Mundial de F-1, o time não tem grandes pretensões. Quer a vitória, claro, mas se concentra para a primeira corrida europeia, na Espanha, em três semanas.
O motivo é um só. Ciente de que ainda lhe falta performance, a Mercedes prepara um grande pacote de modificações para o W01 que serão implementadas a partir da prova de Barcelona, no próximo dia 9.
As alterações incluem a parte aerodinâmica, a distribuição de peso e o posicionamento da caixa de câmbio. Há ainda a possibilidade de aumentar a distância entre eixos.
Um dos principais problemas do carro é que boa parte do peso se concentra no eixo dianteiro, o que pode ficar ainda mais acentuado dependendo da pista e do clima. Mas resolver o problema pode não ser tão simples: dependendo da solução que a Mercedes escolher, terá de submeter o W01 a um novo teste de impacto da FIA.
"Temos de ser realistas e admitir que não estamos rápidos o suficiente para competir com quem está na frente", falou Ross Brawn, chefe da equipe. "Estamos trabalhando o máximo possível para diminuir a vantagem dos adversários."
Schumacher, que foi sexto no Bahrein, décimo na Austrália e não completou na Malásia, crê que a equipe se desenvolve como foi planejado. "Só é possível evoluir passo a passo. Tenho certeza de que é isso que estamos conseguindo", disse o heptacampeão, que ficou atrás de seu colega de time em todas as corridas desde que voltou à F-1, depois de três anos parado.
O alemão também sofre com o fato de os modelos saírem muito de frente nas curvas -ele sempre foi melhor nos que saíam de traseira.
O motivo para esse comportamento é o fato de os carros carregarem mais peso agora, por causa do fim do reabastecimento, e o estreitamento dos pneus dianteiros, o que faz com que eles tenham menos aderência na parte dianteira.


NA TV - Treinos para o GP da China
Sportv 2, às 23h, e Sportv, às 3h




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