São Paulo, quinta-feira, 15 de abril de 2010

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Até aluguel de carro forte depena renda

DA REPORTAGEM LOCAL

Para o que os clubes arrecadam, os borderôs dos jogos do Estadual do Rio parecem pura ficção.
As despesas são estratosféricas, tanto para os grandes como para os pequenos. No primeiro caso, um bom exemplo é o jogo entre Flamengo e Madureira, no Maracanã, no início do mês de março.
Só a Suderj, o órgão público que administra o estádio, ficou com R$ 45,7 mil, ou 70% da renda bruta. Em São Paulo, o Corinthians se queixa de pagar 15% da renda bruta de seus jogos noturno no Pacaembu e negocia abatimento.
Mas a taxa da Suderj foi apenas um dos 26 descontos que aquela partida sofreu. Na lista, itens nada comuns, como R$ 900 para o pagamento de um carro forte e R$ 5.600 para o aluguel de grades.
No caso dos pequenos, o que mais contribui para o vermelho quase generalizado nos borderôs são as taxas de arbitragem e de "credenciamento".
O jogo entre Macaé e Madureira, por exemplo, teve renda bruta de R$ 1.140, ou quase R$ 300 a menos do que custou fazer o cadastro de jornalistas.
No mesmo jogo, os clubes gastaram R$ 3.700 com o pagamento dos árbitros. Em São Paulo, nos confrontos entre os pequenos o trio de arbitragem leva menos de R$ 700 da renda bruta.
Salta aos olhos nos borderôs o número de pessoas que entram sem pagar. No jogo entre Flamengo e América, por exemplo, um terço dos 4.800 torcedores presentes entraram de graça. (EO E PC)


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