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Até aluguel de carro forte depena renda
DA REPORTAGEM LOCAL
Para o que os clubes arrecadam, os borderôs dos
jogos do Estadual do Rio
parecem pura ficção.
As despesas são estratosféricas, tanto para os
grandes como para os pequenos. No primeiro caso,
um bom exemplo é o jogo
entre Flamengo e Madureira, no Maracanã, no início do mês de março.
Só a Suderj, o órgão público que administra o estádio, ficou com R$ 45,7
mil, ou 70% da renda bruta. Em São Paulo, o Corinthians se queixa de pagar
15% da renda bruta de seus
jogos noturno no Pacaembu e negocia abatimento.
Mas a taxa da Suderj foi
apenas um dos 26 descontos que aquela partida sofreu. Na lista, itens nada
comuns, como R$ 900 para o pagamento de um carro forte e R$ 5.600 para o
aluguel de grades.
No caso dos pequenos, o
que mais contribui para o
vermelho quase generalizado nos borderôs são as
taxas de arbitragem e de
"credenciamento".
O jogo entre Macaé e
Madureira, por exemplo,
teve renda bruta de R$
1.140, ou quase R$ 300 a
menos do que custou fazer
o cadastro de jornalistas.
No mesmo jogo, os clubes gastaram R$ 3.700
com o pagamento dos árbitros. Em São Paulo, nos
confrontos entre os pequenos o trio de arbitragem leva menos de R$ 700
da renda bruta.
Salta aos olhos nos
borderôs o número de pessoas que entram sem pagar. No jogo entre Flamengo e América, por exemplo, um terço dos 4.800
torcedores presentes entraram de graça.
(EO E PC)
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