São Paulo, sexta-feira, 15 de abril de 2011

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Sob controle

Desfalcado, Santos ignora pressão, faz gols com os coadjuvantes Danilo e Maikon Leite, controla os nervos, bate Cerro Porteño e fica vivo na Libertadores

Cerro Porteño 1
Benítez, aos 48min do 2º tempo

Santos 2
Danilo, aos 12min do 1º tempo; Maikon Leite, aos 2min do 2º tempo

LEONARDO LOURENÇO
ENVIADO ESPECIAL A ASSUNÇÃO

Num jogo com um só protagonista em campo, sobrou espaço para que os coadjuvantes assumissem o papel de heróis da torcida santista.
Quando todos os olhos vigiavam o meia Paulo Henrique Ganso, coube a Danilo, lateral improvisado como volante, e ao atacante Maikon Leite, que entrou no lugar de Diogo ainda no primeiro tempo, anotarem os gols da vitória por 2 a 1 sobre o Cerro Porteño, ontem, no Paraguai.
A vitória, que deixa o Santos bastante próximo de uma vaga nas oitavas de final da Libertadores, amansa o clima conturbado que tomou conta da Vila Belmiro nos últimos dias, principalmente pela suposta negociação entre Ganso e o Corinthians.
O Santos, mesmo com a vitória, se mantém em terceiro lugar, com número de pontos igual ao do Cerro, mas com saldo de gols inferior ao rival.
Para ir à etapa de mata-matas, basta vencer o venezuelano Deportivo Táchira, pior time da chave, na semana que vem, em jogo que será disputado no Pacaembu.
Até um empate pode servir, desde que haja um vencedor no confronto entre Colo Colo e Cerro, também na quarta-feira, no Chile.
Mesmo sem Neymar, Elano e Zé Love, expulsos na última rodada, o Santos venceu porque conseguiu deixar fora do campo todo o nervosismo demonstrado na semana passada, no triunfo por 3 a 2 sobre o Colo Colo, e que cercou a partida no Paraguai.
O time de Muricy Ramalho esteve sempre no controle do jogo, graças, também, ao golaço marcado por Danilo, logo aos 12min da etapa inicial, num chute perfeito no ângulo do goleiro adversário.
A vitória se concretizou aos 2min do segundo tempo, quando Maikon Leite recebeu bom passe de Ganso e tocou na saída de Barreto.
O placar poderia ter sido ainda mais elástico se os próprios Danilo e Maikon Leite não tivessem desperdiçado outras chances claras.
Com a vantagem de dois gols, a equipe se retraiu, mas se defendeu bem. Só vacilou no último minuto, quando Benítez diminuiu. Mas a reação paraguai parou ali.
Ganso fez boa partida, cadenciou bastante o jogo, sem pressa, e foi caçado pelos marcadores adversários.
Do banco, Muricy pedia calma aos atletas, escolado pela experiência que teve das tribunas da Vila Belmiro no confronto com o Colo Colo, em que o Santos teve três expulsos. "O comportamento [do time] foi perfeito desde o início. Tivemos desfalques, mas nem parece", elogiou o lateral esquerdo Léo.
É a primeira vitória do técnico no Santos. Ele chegou há poucos dias com a missão de recuperar o time da campanha irregular na Libertadores. Até agora, deu certo.


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