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CBF vai impor premiação da Copa aos atletas
DOS ENVIADOS A BARCELONA
A premiação dos jogadores da seleção brasileira para
a Copa do Mundo será definida até sábado, mas o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, já avisou que a última
palavra na "negociação" do
valor será da entidade.
"O valor é uma determinação da CBF. Acho que é um
direito dos jogadores pedir
mais, mas também acredito
que isso não irá acontecer
porque a premiação representa muito pouco perto do
que os atletas ganham hoje",
disse Teixeira em Barcelona.
Em 1998, cada jogador da
seleção ganhou US$ 100 mil
pelo vice na França.
O dirigente disse ontem
que neste ano o valor deverá
aumentar. Por isso, afirma
ter confiança de que os jogadores não irão se opor.
O capitão da seleção, o volante Emerson, afirmou preferir que o "assunto" premiação seja resolvido antes
do Mundial. "Disputar a
competição com isso já solucionado é o ideal. Não temos
nenhuma proposta. Vamos
primeiro escutar a CBF."
O jogador deverá ser o interlocutor do grupo na "negociação". Depois de sábado, Teixeira deverá se desligar temporariamente do time, que viaja domingo para
a Malásia, onde faz amistoso
contra a seleção local dia 25.
O lateral Cafu reclama que
sempre recai uma imagem
negativa sobre os jogadores
na hora de negociar o prêmio. "É a parte mais chata,
porque sempre dizem que é
o atleta quem está pedindo
determinado valor. Mas a
gente sempre vai pela CBF.
Isso vem definido por eles."
Segundo Teixeira, a premiação "será por objetivo",
conforme o desempenho do
time dentro de campo. Isso
significa que os jogadores e a
comissão técnica vão engordar o "bicho" a cada fase superada na competição.
"Para ganhar a Copa é preciso fazer sete jogos. E a diferença de peso do sexto para o sétimo [a final] é de um
para dez", disse Teixeira.
A CBF anunciou que a Fifa
irá pagar ao Brasil, se o time
for campeão, cerca de US$
750 mil -US$ 900 em cada
um dos três jogos da primeira fase, US$ 960 mil nas oitavas-de-final, US$ 1.090,00 nas quartas, US$ 1.200,00 na
semifinal e US$ 1.500,00 em
caso de vitória na final.
Os valores, no entanto, podem mudar, pois foram definidos pela Fifa na moeda da
Suíça (onde está a sede da
entidade) e convertidos em
dólares pela CBF nos valores
do câmbio de ontem.
"É bom que isso seja dito,
senão pode dar uma diferença no futuro e aí vão dizer
que a CBF roubou", frisou
Teixeira.
(FV, JAB E SR)
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