São Paulo, quarta-feira, 15 de maio de 2002

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CBF vai impor premiação da Copa aos atletas

DOS ENVIADOS A BARCELONA

A premiação dos jogadores da seleção brasileira para a Copa do Mundo será definida até sábado, mas o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, já avisou que a última palavra na "negociação" do valor será da entidade.
"O valor é uma determinação da CBF. Acho que é um direito dos jogadores pedir mais, mas também acredito que isso não irá acontecer porque a premiação representa muito pouco perto do que os atletas ganham hoje", disse Teixeira em Barcelona.
Em 1998, cada jogador da seleção ganhou US$ 100 mil pelo vice na França.
O dirigente disse ontem que neste ano o valor deverá aumentar. Por isso, afirma ter confiança de que os jogadores não irão se opor.
O capitão da seleção, o volante Emerson, afirmou preferir que o "assunto" premiação seja resolvido antes do Mundial. "Disputar a competição com isso já solucionado é o ideal. Não temos nenhuma proposta. Vamos primeiro escutar a CBF."
O jogador deverá ser o interlocutor do grupo na "negociação". Depois de sábado, Teixeira deverá se desligar temporariamente do time, que viaja domingo para a Malásia, onde faz amistoso contra a seleção local dia 25.
O lateral Cafu reclama que sempre recai uma imagem negativa sobre os jogadores na hora de negociar o prêmio. "É a parte mais chata, porque sempre dizem que é o atleta quem está pedindo determinado valor. Mas a gente sempre vai pela CBF. Isso vem definido por eles."
Segundo Teixeira, a premiação "será por objetivo", conforme o desempenho do time dentro de campo. Isso significa que os jogadores e a comissão técnica vão engordar o "bicho" a cada fase superada na competição.
"Para ganhar a Copa é preciso fazer sete jogos. E a diferença de peso do sexto para o sétimo [a final] é de um para dez", disse Teixeira.
A CBF anunciou que a Fifa irá pagar ao Brasil, se o time for campeão, cerca de US$ 750 mil -US$ 900 em cada um dos três jogos da primeira fase, US$ 960 mil nas oitavas-de-final, US$ 1.090,00 nas quartas, US$ 1.200,00 na semifinal e US$ 1.500,00 em caso de vitória na final.
Os valores, no entanto, podem mudar, pois foram definidos pela Fifa na moeda da Suíça (onde está a sede da entidade) e convertidos em dólares pela CBF nos valores do câmbio de ontem.
"É bom que isso seja dito, senão pode dar uma diferença no futuro e aí vão dizer que a CBF roubou", frisou Teixeira. (FV, JAB E SR)



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