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Austrália vê fôlego como trunfo
Jogadores atribuem virada na estréia e chance de vitória frente ao Brasil à preparação física intensa
Auxiliar técnico classifica imersão em água e gelo, método que é veladamente criticado por atletas de Parreira, como essencial
RODRIGO MATTOS
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
Se não tem como ir na técnica, vai na força. Se não tem como marcar o drible, o jeito é
correr mais. E, de preferência,
com mais intensidade nos minutos finais da partida. É com
esse espírito que os jogadores
australianos pretendem entrar
em campo contra o Brasil, no
domingo.
Depois de uma virada com
três gols nos últimos oito minutos diante do Japão na estréia, a
Austrália crê em seu preparo físico como o grande trunfo para
equilibrar o duelo contra a seleção brasileira.
Para os jogadores australianos, a condição física foi vital
para que obtivessem o 3 a 1 contra os japoneses, ainda mais sob
o calor da tarde alemã no estádio de Kaiserslautern.
Essa confiança toda no fôlego
como fator de equilíbrio contra
um time mais técnico, porém,
não nasceu apenas com o resultado da aestréia. Vem da árdua
preparação australiana, em regime quase militar.
Concentrados há mais de
três semanas, os jogadores têm
sido submetidos não apenas a
treinos com bola, mas também
a uma intensa preparação física. Desde o dia 21 de maio,
quando a seleção se reuniu,
treinos físicos, com duração de
duas horas, são quase diários.
A primeira folga que o time
australiano teve durante todo o
período de concentração foi
concedida ontem -diferentemente, por exemplo, dos jogadores da seleção brasileira, que,
também ontem, desfrutaram
de seu terceiro dia de descanso.
E, contra o Brasil, a Austrália
já tem uma estratégia para fazer valer o que considera seu
grande trunfo.
Quem conta é Graham Arnold, membro da comissão técnica australiana. "Quando se
fala de Cafu e Roberto Carlos
tem que se lembrar das idades
deles [36 e 33 anos, respectivamente]. Vamos definitivamente nos focar em explorar os espaços deixados às costas deles."
Segundo Arnold, a confiança
na possibilidade de correrem
mais que os brasileiros no domingo se baseia também no
trabalho de recuperação física
após os jogos. O auxiliar do técnico holandês Guus Hiddink
aponta como essencial a imersão dos jogadores em banheiras
com água e gelo. "Nossos rapazes têm se recuperado de maneira fantástica."
O método de Graham, coincidentemente, é usado também
pelo preparador físico do Brasil
Moracy Sant'Anna. Mas, veladamente, jogadores da seleção
não têm demonstrado muito
entusiasmo em aderir ao banho
de água fria.
Com agências internacionais
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