São Paulo, sexta-feira, 15 de junho de 2007

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Rivais se atacam, e Massa se anima

Lewis Hamilton cutuca Fernando Alonso, que retruca, reafirmando não estar confortável na McLaren

TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A INDIANÁPOLIS

Felipe Massa pode ter ganhado, mesmo sem querer, uma ajuda extra para o GP dos EUA, sétima etapa da F-1, que ocorre no domingo, em Indianápolis.
Terceiro colocado no Mundial, 15 pontos atrás do líder, o brasileiro sabe que qualquer ponto conquistado neste momento pode ser importante no final da temporada. Por isso, passa a torcer a partir de agora para que a disputa interna na McLaren entre Lewis Hamilton e Fernando Alonso ganhe corpo também nas pistas.
"Temos que fazer o nosso, porque a gente nunca sabe o que está acontecendo de verdade na casa do vizinho", falou Massa ontem, sob o sol escaldante. "Claro que essa briga só ajudará a gente se eles começarem a errar. E um erro, se vier, será bem-vindo", completou.
Para o ferrarista, em Indianápolis sua equipe terá reais condições de saber se ficou mesmo para trás da McLaren ou se o mau desempenho nas duas últimas provas (Mônaco e Canadá) se deveu a características peculiares dos circuitos.
Ontem, o dia sem atividades na pista em Indianápolis -hoje, às 11h, começam os treinos livres- acabou propiciando o clima quase bélico na McLaren.
Primeiro, foi a vez de Hamilton, que chegou 20 minutos atrasado à entrevista coletiva -seu vôo havia sido cancelado. O inglês, que passou os dias seguintes à vitória no Canadá, em Nova York e Washington, não sabia que Alonso dissera não se sentir confortável na McLaren por estar num time inglês, com um parceiro de time inglês.
"Acho estranho ele ter dito isso porque, desde que ele chegou, o time ficou muito motivado e sempre tivemos tratamento igual", disse Hamilton, líder do Mundial. "Duvido bastante de que ele esperasse que eu fosse ir tão bem quanto estou indo, mas não sei se é por isso que ele anda falando essas coisas."
"Ele é bicampeão mundial e nunca foi desafiado de verdade. Claro que ele teve alguns desafios, mas nenhum com alguém tão próximo como eu."
Foi o suficiente para que o espanhol retrucasse mais tarde, via imprensa. "Não estamos em guerra civil. Apenas falei que não estava confortável na equipe, o que é verdade, mas disse que não era uma reclamação", começou Alonso. "Só que o comentário do Lewis foi inapropriado. Tive bons companheiros de equipe. Em 2005, ganhei o título disputando com o [Kimi] Raikkonen, e no ano passado, com o [Michael] Schumacher, sete vezes campeão."
Infeliz com o fato de a McLaren dizer que não há primeiro piloto, Alonso a alfinetou. "Logo algumas decisões terão que ser tomadas", afirmou o espanhol, que ontem falou com engenheiros e mecânicos. "Disse para não crerem em tudo o que sai na imprensa do país deles [Inglaterra], que são os melhores com quem trabalhei. As críticas são para gente de cima."


NA TV - GP dos EUA - Treinos livres
Sportv, às 11h, e Sportv 2, às 15h



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