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Rivais se atacam, e Massa se anima
Lewis Hamilton cutuca Fernando Alonso, que retruca, reafirmando não estar confortável na McLaren
TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A INDIANÁPOLIS
Felipe Massa pode ter ganhado, mesmo sem querer, uma
ajuda extra para o GP dos EUA,
sétima etapa da F-1, que ocorre
no domingo, em Indianápolis.
Terceiro colocado no Mundial, 15 pontos atrás do líder, o
brasileiro sabe que qualquer
ponto conquistado neste momento pode ser importante no
final da temporada. Por isso,
passa a torcer a partir de agora
para que a disputa interna na
McLaren entre Lewis Hamilton e Fernando Alonso ganhe
corpo também nas pistas.
"Temos que fazer o nosso,
porque a gente nunca sabe o
que está acontecendo de verdade na casa do vizinho", falou
Massa ontem, sob o sol escaldante. "Claro que essa briga só
ajudará a gente se eles começarem a errar. E um erro, se vier,
será bem-vindo", completou.
Para o ferrarista, em Indianápolis sua equipe terá reais
condições de saber se ficou
mesmo para trás da McLaren
ou se o mau desempenho nas
duas últimas provas (Mônaco e
Canadá) se deveu a características peculiares dos circuitos.
Ontem, o dia sem atividades
na pista em Indianápolis -hoje, às 11h, começam os treinos
livres- acabou propiciando o
clima quase bélico na McLaren.
Primeiro, foi a vez de Hamilton, que chegou 20 minutos
atrasado à entrevista coletiva
-seu vôo havia sido cancelado.
O inglês, que passou os dias seguintes à vitória no Canadá, em
Nova York e Washington, não
sabia que Alonso dissera não se
sentir confortável na McLaren
por estar num time inglês, com
um parceiro de time inglês.
"Acho estranho ele ter dito
isso porque, desde que ele chegou, o time ficou muito motivado e sempre tivemos tratamento igual", disse Hamilton, líder
do Mundial. "Duvido bastante
de que ele esperasse que eu fosse ir tão bem quanto estou indo,
mas não sei se é por isso que ele
anda falando essas coisas."
"Ele é bicampeão mundial e
nunca foi desafiado de verdade.
Claro que ele teve alguns desafios, mas nenhum com alguém
tão próximo como eu."
Foi o suficiente para que o espanhol retrucasse mais tarde,
via imprensa. "Não estamos em
guerra civil. Apenas falei que
não estava confortável na equipe, o que é verdade, mas disse
que não era uma reclamação",
começou Alonso. "Só que o comentário do Lewis foi inapropriado. Tive bons companheiros de equipe. Em 2005, ganhei
o título disputando com o [Kimi] Raikkonen, e no ano passado, com o [Michael] Schumacher, sete vezes campeão."
Infeliz com o fato de a McLaren dizer que não há primeiro
piloto, Alonso a alfinetou. "Logo algumas decisões terão que
ser tomadas", afirmou o espanhol, que ontem falou com engenheiros e mecânicos. "Disse
para não crerem em tudo o que
sai na imprensa do país deles
[Inglaterra], que são os melhores com quem trabalhei. As críticas são para gente de cima."
NA TV - GP dos EUA - Treinos livres
Sportv, às 11h, e Sportv 2, às 15h
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