|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Ausência de 1ª medalha e Lula frustra políticos
RODRIGO MATTOS
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
Autoridades políticas e esportivas reuniram-se ontem
na prova de maratona aquática em Copacabana para assistir à primeira medalha no
Pan, mas a expectativa foi
frustrada porque a prova de
mountain bike acabou antes.
Havia anteriormente um
lobby de cartolas e políticos
pela presença do presidente
Lula. Mas ele já tinha descartado essa possibilidade no
meio da semana. "Não é a minha festa", dissera, na quarta-feira. Isso foi antes das
vaias na abertura.
Mesmo assim, o presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos,
Coaracy Nunes, ainda contava com a presença de Lula
até um dia antes da prova.
"Fui procurá-lo no hotel,
mas ele já tinha saído", lamentou o dirigente. Sua intenção era que o presidente
desse a medalha da prata a
Poliana Okimoto, o que seria
uma promoção dos Correios,
seu patrocinador.
Sem Lula, participaram da
entrega de medalhas os presidentes do Comitê Olímpico
Internacional, Jaques Rogge,
o do COB, Carlos Arthur
Nuzman, e o ministro do Esporte, Orlando Silva.
O ministro voltou a levantar suspeitas de que tenha sido armada a vaia para o presidente Lula na abertura do
Pan. Mas não disse em que se
baseava. "Soou como orquestração. Vamos averiguar isso", afirmou o ministro.
O presidente foi vaiado por
seis vezes na cerimônia de
abertura, no Maracanã. Mas
o ministro disse que tentará
que Lula volte ao Rio em algum momento do Pan -isso
não está previsto.
Ainda havia outro político
ligado a Lula: o governador
da Bahia, Jaques Wagner
(PT). Ele ficou no lugar onde
passavam os atletas para
cumprimentar o baiano
Allan do Carmo, bronze no
masculino.
Outro abraço foi de Coaracy em Poliana, logo depois
que ela saiu da água. Isso gerou protestos de fotógrafos.
Colaborou PEDRO DIAS LEITE,
enviado especial ao Rio
Texto Anterior: [+]Má fama: Jornal Inglês fala em corrupção Próximo Texto: Mineiro que quase ficou de fora leva a prata Índice
|