São Paulo, domingo, 15 de julho de 2007

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FUTEBOL

Sem bônus, time sub-17 encara luta contra jejum

País, que não vence desde 1987, não terá prêmio da CBF caso seja campeão

Seleção, que tem em Lulinha sua principal estrela, pega hoje equipe de Honduras, que revela estar mais focada no Mundial da categoria

SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO

Sem ganhar premiação da CBF em caso da conquista da medalha de ouro, os jogadores da seleção sub-17 vão começar hoje à tarde a campanha para tentar quebrar o jejum de 20 anos sem títulos em Pans. A partir das 15h30, o time nacional enfrentará a seleção de Honduras, no Engenhão.
Antes do início do torneio, a entidade já anunciou aos atletas que não pagará prêmio nos Jogos, segundo o chefe da delegação, Antônio Carlos Nunes de Lima, presidente da Federação Paraense de Futebol.
""Isto já está certo. A CBF não fala em dinheiro aqui [no Pan]", disse Lima, que também comandou a deleção em Santo Domingo, em 2003. Na ocasião, o time ficou com a prata ao ser vencido pela Argentina na final.
A última vez que a seleção venceu o torneio foi no Pan-Americano de Indianápolis, em 1987. Nesse período, o time ficou de fora de duas das cinco edições já realizadas.

Favorito
Atuando no país, o Brasil é um dos favoritos em razão do esvaziamento da competição.
Oficialmente, o torneio de futebol masculino teria que ser disputado por jogadores de até 20 anos, com a possibilidade de inclusão de três acima da idade, mas a maioria jogará com a equipe sub-17.
Como se não bastasse a queda no nível técnico, as principais forças desprezam a competição. A Argentina mandou o time reserva da categoria. Já os adversários de hoje, os hondurenhos, não escondem o desconforto pela passagem no Pan e dizem que o objetivo é o Mundial da categoria, que será disputado no próximo mês, na Coréia do Sul -o primeiro da história do país na sub-17.
Por divergência entre dirigentes do continente com os organizadores dos Jogos, os principais países decidiram enviar os times sub-17 ao Brasil e não jogadores mais experientes. Atualmente, os profissionais participam da Copa América, que será encerrada hoje, e do Mundial sub-20, que está ocorrendo no Canadá.

Esvaziado
O esvaziamento da competição poderá ser sentido hoje no estádio, que não deverá receber um bom público.
Apesar de jogar no Rio, o técnico da seleção, Lucho Nizzo, tenta amenizar a pressão da torcida no grupo. Ele garante que não vai cobrar a conquista da medalha de ouro.
""São garotos que não estão acostumados com tanto assédio. É uma responsabilidade acima do normal, mas tenho certeza de que irão se sair muito bem na competição", disse o treinador, que comandará a mesma equipe no Mundial da categoria na Coréia do Sul.
O meia-atacante Lulinha, do Corinthians, é o principal jogador da equipe. ""A ansiedade é grande. Sei que todo mundo está esperando grandes atuações minhas, mas eu estou tranqüilo", afirmou o jogador, que já integra o elenco profissional do clube paulista.
Além de Honduras, a seleção brasileira ainda enfrentará na primeira fase Costa Rica e Equador. O torneio masculino de futebol do Pan terá 12 times, divididos em três grupos. O primeiro colocado de cada uma das chaves e o melhor segundo colocado se classificam para a semifinal do campeonato.


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