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"Europeu", Brasil mira Pequim
Seleção masculina de basquete busca estilo espanhol no Pré-Olímpico em estréia contra o Líbano
Moncho Monsalve, primeiro estrangeiro a dirigir Brasil, pede defesa forte e menos precipitação no ataque para equipe voltar à Olimpíada
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Em busca do estilo europeu,
a seleção masculina estréia hoje, às 16h, contra o Líbano no
Pré-Olímpico Mundial de Atenas. O torneio distribui as três
últimas vagas em Pequim.
Para tentar voltar à Olimpíada após intervalo de 12 anos, o
time adulto terá, pela primeira
vez em torneios oficiais, o comando de um estrangeiro, o espanhol Moncho Monsalve.
No Torneio Acrópolis, disputado na semana passada e preparatório para a seletiva olímpica, a equipe brasileira já mostrou uma nova cara, com uma
defesa mais aguerrida e melhor
posicionamento tático.
O problema é que o time voltou a apresentar algumas falhas
costumeiras. Quando não tem a
posse de bola, os brasileiros
tendem a confundir seu posicionamento se enfrentam uma
equipe que troca muitos passes.
No ataque, a ansiedade para
pontuar leva a arremessos precipitados, freqüentemente da
linha de três pontos, mesmo
que a equipe esteja com uma
boa vantagem e não precise se
recuperar no marcador, como
ocorreu contra a Croácia.
Moncho tem pedido, reiteradas vezes, um jogo mais cadenciado, com maior troca de bolas, e que o time gaste o tempo
no ataque antes de arremessar.
"É claro que todos ficam ansiosos, mas precisamos jogar
com equilíbrio e concentração
nos 40 minutos para alcançarmos o objetivo final", diz ele.
Contrariando a tradição brasileira de ataque desenfreado e
pouca preocupação defensiva,
o espanhol tenta fazer com que
seus comandados dêem preferência a evitar que os rivais façam cestas e busquem menos
pontuações centenárias.
"De um modo geral, para que
a seleção consiga bons resultados no Pré-Olímpico, é fundamental que a equipe sofra entre
72 e 76 pontos e faça de 78 a
86", contabiliza o espanhol.
É mais ou menos a receita seguida pela Espanha, terra de
Moncho, no Mundial de 2006.
Para conquistar seu primeiro
título do torneio, no Japão, os
espanhóis fizeram média de
88,6 pontos e cederam só 66,6.
O problema é que a mudança
é radical para o padrões nacionais. No Pré-Olímpico de Las
Vegas-07, quando a seleção não
passou do quarto lugar, o time
brasileiro esteve bem longe das
metas de seu atual treinador.
O Brasil fez, em média, 89,7
pontos por jogo e sofreu 87.
"Precisamos corrigir o posicionamento defensivo e melhorar o aproveitamento nos rebotes", preocupa-se o técnico.
Na derrota para a Austrália,
na quarta-feira, no último
amistoso do Brasil antes da estréia de hoje, a desvantagem no
garrafão foi absurda: 37 a 25.
É o setor que mais preocupa
o treinador, que já perdeu três
pivôs por conta de lesões: Anderson Varejão, Nenê e Paulão.
Para suprir essas ausências, o
time contará com Tiago Splitter, um dos destaques do Tau
Vitória, campeão espanhol e semifinalista da Euroliga. "Muita
gente não confia nesta seleção,
mas vamos provar que somos
capazes", afirma Splitter.
NA TV - Brasil x Líbano
ESPN Brasil, Sportv e TV Esporte
Interativo, ao vivo, às 16h
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