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Petrodólares rendem ouros ao Oriente Médio
DA REPORTAGEM LOCAL
Países sem tradição, Qatar e
Bahrein vêm se destacando em
provas de resistência graças à
"importação" de talentos.
O Qatar obteve seu segundo
título nos 3.000 m com obstáculos com Saif Saaeed Shaheen,
22, nascido no Quênia, que deixou de se chamar Stephen Cherono e adotou o nome islâmico
ao se naturalizar, em 2003.
"Estou feliz por ganhar títulos para o Qatar. Espero repetir
essas conquistas por muito
tempo", afirmou à Folha Shaheen, antes do Mundial.
Para se naturalizar, aceitou
oferta de um salário vitalício de
US$ 5.000 (R$ 11.879). Pelo novo país tornou-se recordista
mundial da prova em 2004.
Os petrodólares do Oriente
Médio também catapultaram
outra nação. O marroquino
Rashid Ramzi migrou para o
Bahrein após conseguir trabalho nas Forças Armadas locais.
Na Finlândia, bateu os antigos compatriotas nos 800 m e
nos 1.500 m, colocando -sozinho- sua nova nação em oitavo no quadro de medalhas.
O caso Shaheen motivou a
Iaaf (entidade que comanda o
atletismo) a adotar regras mais
rígidas para coibir a farra das
naturalizações. O atleta agora
precisará aguardar três anos
após a troca de cidadania para
competir pelo novo país.(ALF)
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