São Paulo, segunda-feira, 15 de agosto de 2005

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Petrodólares rendem ouros ao Oriente Médio

DA REPORTAGEM LOCAL

Países sem tradição, Qatar e Bahrein vêm se destacando em provas de resistência graças à "importação" de talentos.
O Qatar obteve seu segundo título nos 3.000 m com obstáculos com Saif Saaeed Shaheen, 22, nascido no Quênia, que deixou de se chamar Stephen Cherono e adotou o nome islâmico ao se naturalizar, em 2003.
"Estou feliz por ganhar títulos para o Qatar. Espero repetir essas conquistas por muito tempo", afirmou à Folha Shaheen, antes do Mundial.
Para se naturalizar, aceitou oferta de um salário vitalício de US$ 5.000 (R$ 11.879). Pelo novo país tornou-se recordista mundial da prova em 2004.
Os petrodólares do Oriente Médio também catapultaram outra nação. O marroquino Rashid Ramzi migrou para o Bahrein após conseguir trabalho nas Forças Armadas locais.
Na Finlândia, bateu os antigos compatriotas nos 800 m e nos 1.500 m, colocando -sozinho- sua nova nação em oitavo no quadro de medalhas.
O caso Shaheen motivou a Iaaf (entidade que comanda o atletismo) a adotar regras mais rígidas para coibir a farra das naturalizações. O atleta agora precisará aguardar três anos após a troca de cidadania para competir pelo novo país.(ALF)

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