Na Sul-Americana, com equipe mista, Fernando larga na frente na luta pela vaga do selecionável

Jogador não atua desde novembro passado e deve contar com boa vontade do técnico Muricy, que listou nomes de reforços à diretoria

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

O torneio é a Copa Sul-Americana, o discurso é o de que ele não é prioridade, mas a partir de hoje, contra o Figueirense, em Florianópolis, o técnico Muricy Ramalho terá uma noção sobre como seu elenco preencherá a lacuna deixada por Josué, que se transferiu ao Wolfsburg (ALE). O São Paulo recebeu US$ 1,72 milhão (R$ 3,34 milhões) pela liberação.
No time misto do São Paulo que estréia no torneio, o volante Fernando, 22, ex-Fluminense e irmão do ex-corintiano Carlos Alberto, terá a maioria das atenções voltada para si.
Desde novembro sem atuar devido a uma lesão no joelho, o atleta se tratou no Reffis e assinou contrato na semana passada com o clube. Hoje, figura como substituto do selecionável.
"Saiu o Mineiro, nós perdemos o Paulista e a Libertadores. Agora sai o Josué, num momento em que estávamos achando o parceiro ideal para ele", disse o técnico, que teve que aceitar a liberação de Josué como decisão superior.
Segundo Muricy, foram feitas pela diretoria tricolor as contas a respeito das quatro possíveis convocações de Josué à seleção -o que o tiraria de no mínimo sete jogos do clube no Brasileiro, que o time lidera.
"Meu filho, a gente é empregado e tem que acatar. Tem hora em que tem que ver o que é bom para o clube", declarou. "O presidente [Juvenal Juvêncio] me ligou e disse que não teria como segurar. É a realidade do futebol brasileiro, os caras de fora vêm atrás dos melhores do mundo e levam mesmo."
Fernando deverá contar com a boa vontade do treinador, já que as outras opções são improvisações, como André Dias (zagueiro) e Hernanes (meia), ou incógnitas, como o júnior Serginho. Muricy passou nomes de possíveis reforços à diretoria, mas diz que o mercado está difícil para contratar.
"Aqui a gente tem que planejar. Não posso botar jogador para atuar em tudo quanto é jogo", disse Muricy, que lamenta que a Sul-Americana não classifique o campeão à Libertadores. Caso passe à próxima fase, em que Boca Jrs. pode ser adversário, deve usar força total.