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Meias viram panacéia corintiana
Antes raros e, agora, abundantes no elenco, jogadores da posição são usados para tapar buracos
Com a chegada de Morais, Corinthians conta com nove armadores, que já formam um terço de todo o elenco
do técnico Mano Menezes
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
O Corinthians passou a
maior parte do primeiro semestre em busca de um meia
para conduzir a armação do time. De tanto procurar, encheu
o elenco de jogadores para a posição, que agora é a que mais dá
opções para Mano Menezes.
Com a chegada de Morais, o
sexto atleta para a função de armador, um quarto do elenco
profissional do Corinthians
passa a ser formado por meias.
Eles são nove, num total de 34
atletas à disposição de Mano.
A explosão de meias no grupo
corintiano ocorreu com o aval
do treinador. Agora, sobram no
elenco a ponto de serem deslocados para outras funções que
inicialmente contavam com
muitas opções, mas que com o
andamento da temporada ficaram carentes, como as vagas de
volante e a lateral direita.
São os casos de Elias e Eduardo Ramos. Ambos adquiridos
como meias ofensivos, os dois
se tornaram titulares atuando
mais recuados, como volantes.
Sem características defensivas,
os dois têm sido criticados por
seus desempenhos.
Elias já chegou a se queixar
de jogar fora de posição. "Todo
jogador gosta de atuar mais à
frente, mas estou fazendo o que
o treinador está pedindo", declarou o ex-ponte-pretano para
justificar o mau futebol.
Morais é a contratação mais
recente num processo de tentativa e erro que o Corinthians
tem mantido desde o início da
temporada. Com ele, o clube já
soma 23 reforços no ano.
O primeiro jogador a chegar
com a missão de virar o "cérebro" do time foi Marcel. Com
histórico de ter defendido o
Grêmio sob o comando de Mano, o jogador chegou direto do
arqui-rival Palmeiras. Após
atuações pífias, caiu na lista de
desafetos da torcida e, aos poucos, foi escanteado.
Diogo Rincón, o segundo
candidato a armador, entrou
bem no time. Mas uma lesão no
joelho o afastou dos gramados
por mais de um mês e interrompeu a boa seqüência de jogos do camisa 15.
A maior aposta para a posição até agora foi Douglas. Contratação mais cara do Corinthians em 2008 -US$ 3 milhões por 50% dos direitos do
jogador-, o camisa 10 tem alternado grandes exibições com
partidas em que passa despercebido em campo.
Além dos seis contratados
com o aval de Mano, o Corinthians ainda tem mais três
meias no elenco. Dois deles, Dinelson e Lulinha, já estavam no
time na campanha do rebaixamento, no ano passado, e têm
mais características de atacantes que de armadores.
O terceiro é Rafinha, contratado como aposta da diretoria,
antes da chegada de Mano, mas
que em oito meses de clube não
caiu no gosto do técnico. Não
completou nem um jogo inteiro sequer no time.
Morais afirmou que não se
preocupa com o grande número de jogadores para a mesma
posição. "Essa concorrência é
boa e mostra que o Corinthians
está no caminho certo", disse o
jogador, emprestado pelo Vasco até junho de 2009.
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