São Paulo, sexta-feira, 15 de agosto de 2008

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Meias viram panacéia corintiana

Antes raros e, agora, abundantes no elenco, jogadores da posição são usados para tapar buracos

Com a chegada de Morais, Corinthians conta com nove armadores, que já formam um terço de todo o elenco do técnico Mano Menezes


PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

O Corinthians passou a maior parte do primeiro semestre em busca de um meia para conduzir a armação do time. De tanto procurar, encheu o elenco de jogadores para a posição, que agora é a que mais dá opções para Mano Menezes. Com a chegada de Morais, o sexto atleta para a função de armador, um quarto do elenco profissional do Corinthians passa a ser formado por meias. Eles são nove, num total de 34 atletas à disposição de Mano. A explosão de meias no grupo corintiano ocorreu com o aval do treinador. Agora, sobram no elenco a ponto de serem deslocados para outras funções que inicialmente contavam com muitas opções, mas que com o andamento da temporada ficaram carentes, como as vagas de volante e a lateral direita. São os casos de Elias e Eduardo Ramos. Ambos adquiridos como meias ofensivos, os dois se tornaram titulares atuando mais recuados, como volantes. Sem características defensivas, os dois têm sido criticados por seus desempenhos. Elias já chegou a se queixar de jogar fora de posição. "Todo jogador gosta de atuar mais à frente, mas estou fazendo o que o treinador está pedindo", declarou o ex-ponte-pretano para justificar o mau futebol. Morais é a contratação mais recente num processo de tentativa e erro que o Corinthians tem mantido desde o início da temporada. Com ele, o clube já soma 23 reforços no ano. O primeiro jogador a chegar com a missão de virar o "cérebro" do time foi Marcel. Com histórico de ter defendido o Grêmio sob o comando de Mano, o jogador chegou direto do arqui-rival Palmeiras. Após atuações pífias, caiu na lista de desafetos da torcida e, aos poucos, foi escanteado. Diogo Rincón, o segundo candidato a armador, entrou bem no time. Mas uma lesão no joelho o afastou dos gramados por mais de um mês e interrompeu a boa seqüência de jogos do camisa 15. A maior aposta para a posição até agora foi Douglas. Contratação mais cara do Corinthians em 2008 -US$ 3 milhões por 50% dos direitos do jogador-, o camisa 10 tem alternado grandes exibições com partidas em que passa despercebido em campo. Além dos seis contratados com o aval de Mano, o Corinthians ainda tem mais três meias no elenco. Dois deles, Dinelson e Lulinha, já estavam no time na campanha do rebaixamento, no ano passado, e têm mais características de atacantes que de armadores. O terceiro é Rafinha, contratado como aposta da diretoria, antes da chegada de Mano, mas que em oito meses de clube não caiu no gosto do técnico. Não completou nem um jogo inteiro sequer no time. Morais afirmou que não se preocupa com o grande número de jogadores para a mesma posição. "Essa concorrência é boa e mostra que o Corinthians está no caminho certo", disse o jogador, emprestado pelo Vasco até junho de 2009.

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