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"Estar aqui é incrível", diz Antoinette, 12 anos
DA REPORTAGEM LOCAL
Não é incomum ver meninas
recém-entradas na puberdade
em competições de ginástica
artística. Mas esportistas que
mal saíram da infância se tornam um fato raro nas piscinas
olímpicas, onde se acumulam
músculos. Em Pequim, há dois
pequenos exemplos.
Longe dos recordes mundiais, a camaronesa Antoinette
Guedia, 12, disputará os 50 m livres, mesma prova que o natural das Ilhas Seychelles Dwayne Didon, 13, no masculino. São
os eventos em que a força tem
papel decisivo no desempenho.
"É um pouco impressionando para mim. Eu sou pequena",
conta Guedia. "Estar aqui com
a minha idade é incrível."
Apelidada de "campeã" por
colegas de times, ela poucas vezes treinou em piscinas de 50
m, com o tamanho oficial. Costuma praticar no hotel onde vive, cuja piscina tem 22 m.
Chegou à Olimpíada graças a
convite do COI, assim como Didon. Foi campeã de seu país e
disputou o Campeonato Africano, em Algiers (Algéria), sua
primeira vez em piscina oficial.
Por enquanto, Guedia não
sente pressão por ser uma atleta olímpica. Caminha vestida
como uma adolescente comum
na Vila Olímpica e se alimenta
de junk food americana.
Sua expectativa é de que Camarões construam uma piscina
olímpica. "Se fosse para o exterior, iria progredir mais."
Sua postura é diferente de
Didon. O nadador disse que
tem o objetivo de ser um atleta
de bom desempenho no futuro.
"Quero ser como esses dos
Jogos", disse ele, que tem como
ídolo Michael Phelps.
Nas eliminatórias dos 50 m,
anteontem, ele ficou na 87ª posição entre 97 nadadores. Marcou 28s85, pouco mais de seis
segundos que o melhor tempo
do francês Amaury Leveaux.
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