São Paulo, sexta-feira, 15 de agosto de 2008

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"Estar aqui é incrível", diz Antoinette, 12 anos

DA REPORTAGEM LOCAL

Não é incomum ver meninas recém-entradas na puberdade em competições de ginástica artística. Mas esportistas que mal saíram da infância se tornam um fato raro nas piscinas olímpicas, onde se acumulam músculos. Em Pequim, há dois pequenos exemplos.
Longe dos recordes mundiais, a camaronesa Antoinette Guedia, 12, disputará os 50 m livres, mesma prova que o natural das Ilhas Seychelles Dwayne Didon, 13, no masculino. São os eventos em que a força tem papel decisivo no desempenho.
"É um pouco impressionando para mim. Eu sou pequena", conta Guedia. "Estar aqui com a minha idade é incrível."
Apelidada de "campeã" por colegas de times, ela poucas vezes treinou em piscinas de 50 m, com o tamanho oficial. Costuma praticar no hotel onde vive, cuja piscina tem 22 m.
Chegou à Olimpíada graças a convite do COI, assim como Didon. Foi campeã de seu país e disputou o Campeonato Africano, em Algiers (Algéria), sua primeira vez em piscina oficial.
Por enquanto, Guedia não sente pressão por ser uma atleta olímpica. Caminha vestida como uma adolescente comum na Vila Olímpica e se alimenta de junk food americana.
Sua expectativa é de que Camarões construam uma piscina olímpica. "Se fosse para o exterior, iria progredir mais."
Sua postura é diferente de Didon. O nadador disse que tem o objetivo de ser um atleta de bom desempenho no futuro.
"Quero ser como esses dos Jogos", disse ele, que tem como ídolo Michael Phelps.
Nas eliminatórias dos 50 m, anteontem, ele ficou na 87ª posição entre 97 nadadores. Marcou 28s85, pouco mais de seis segundos que o melhor tempo do francês Amaury Leveaux.


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