São Paulo, domingo, 15 de setembro de 2002

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Brasileiras se recuperam e ficam em 7º lugar

DA REPORTAGEM LOCAL

O Brasil encerrou ontem sua participação no Mundial de vôlei da Alemanha na sétima posição.
A renovada equipe do técnico Marco Aurélio Motta se recuperou das duas derrotas seguidas sofridas na competição e bateu a Bulgária em seu último jogo, por 3 a 0 (25/22, 25/22 e 25/21), em uma hora e quatro minutos.
Este resultado repete a classificação obtida pelo país em 1990. Naquele ano, a geração de Ana Moser, Fernanda Venturini e cia. ficou em sétimo em seu primeiro Mundial adulto. O time havia conquistado o bicampeonato na categoria juvenil em 1987 e 1989.
"Tínhamos muita vontade de terminar bem este campeonato. As jogadoras, sem dúvida, fizeram o seu melhor. Se levarmos em conta tudo o que o grupo passou, acho que foi uma ótima colocação", afirmou Motta.
Nos dois últimos Mundiais, o Brasil havia obtido seus melhores resultados -subiu ao pódio pela primeira vez com a prata em 1994 e foi quarto colocado em 1998.
O atual time nacional, renovado às pressas após a debandada de cinco titulares, havia disputado apenas um torneio internacional importante. No Grand Prix deste ano, ficou na quarta posição.
"Nos emocionamos pelos momentos felizes e tristes que passamos até aqui. Não foi nada fácil. Agora teremos tempo para trabalhar e fazer bonito na Olimpíada", afirmou a líbero Fabi.
Neste Mundial, as brasileiras fizeram boa campanha até as quartas-de-final -terminaram a primeira fase na liderança de seu grupo, e a segunda atrás apenas dos EUA na sua chave.
No primeiro jogo dos mata-matas, no entanto, caíram diante da China por 3 a 2. As chinesas haviam sofrido duas derrotas polêmicas no Mundial -para Grécia e Coréia-, que as colocaram diante de rivais teoricamente mais fracos até as semifinais e dificultaram o caminho brasileiro.
Mas as possíveis "armações" da China não a colocaram o pódio. Ontem, as asiáticas foram derrotadas pela Rússia, por 3 sets a 1 (25/20, 21/25, 25/23 e 25/16), na disputa da medalha de bronze.
Na decisão do sétimo lugar, o time brasileiro contou com a eficiência dos ataques para bater a Bulgária. Com as jogadas bem distribuídas pela levantadora Marcelle entre as atacantes de todas as posições, a seleção fez 48 pontos, dez a mais que o rival.
Nos outros fundamentos, as duas equipes tiveram desempenho semelhante durante o jogo.
O Brasil marcou oito pontos no bloqueio contra sete do adversário. No saque, a superioridade foi da Bulgária -fez cinco aces. As brasileiras fizeram dois a menos.
Os erros também foram bem distribuídos. O Brasil cedeu 15 pontos, um a menos que os conquistados em falhas das rivais.
A atacante Antonina Zetova foi a maior pontuadora da partida, com 19 pontos marcados. (ML)


 ATUAÇÕES - Marcelle (4 pontos), Luciana (14), Karin (6), Valeskinha (13), Paula Pequeno (10), Sassá (11), Fabi (líbero); Sheila (1), Arlene (0)


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