São Paulo, domingo, 15 de setembro de 2002

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FUTEBOL

Tática com três atacantes fracassa, time é derrotado pelo Bahia por 2 a 1 em casa e fica em antepenúltimo no Brasileiro

Palmeiras perde com esquema "camicase"

EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL

O esquema "camicase" do técnico Levir Culpi levou o Palmeiras à "morte" ontem no Parque Antarctica. Mesmo com três atacantes, a equipe paulista foi derrotada pelo Bahia por 2 a 1 e completou sua sétima partida sem vitória no Brasileiro.
Com o resultado, o time caiu uma posição e agora é o antepenúltimo colocado, com sete pontos em dez partidas no torneio.
Na zona de rebaixamento do Nacional, o time novamente deixou o gramado sob protestos dos torcedores, que chamaram a equipe de "Tabajara", time de futebol do programa "Casseta e Planeta", da Rede Globo, que jamais venceu uma partida. O presidente do clube, Mustafá Contursi, também foi alvo da ira da torcida, que voltou a pedir sua saída.
Como havia prometido, Levir Culpi colocou seu time no ataque. Até os laterais Leonardo e Rubens Cardoso atuavam mais adiantados. Dodô e Nenê voltavam para receber a bola, enquanto Muñoz jogava um pouco mais à frente.
Dessa forma, o time do Parque Antarctica pressionava, principalmente pelo lado direito com Leonardo, que chegava com facilidade à área do rival.
O problema é que a ofensividade palmeirense deixou vulnerável a defesa do time, sobrecarregando o volante Paulo Assunção e os zagueiros Alexandre e César.
Assim, o Bahia, que jogou recuado, era perigoso nos contra-ataques. Aos 6min, Nonato pegou de primeira um cruzamento da direita. Marcos defendeu.
Mesmo com o time adiantado, o Palmeiras errava muitos passes na frente e não conseguia finalizar ao gol do adversário.
O Bahia, por sua vez, era mais objetivo e chegou à vantagem. Aos 14min, Geraldo cobrou falta pela direita e Gil Baiano contou com falha da defesa palmeirense para chutar no canto esquerdo de Marcos e fazer 1 a 0.
O gol descontrolou os palmeirenses, que continuaram errando muito no ataque e na defesa.
Tanto que o Bahia quase ampliou em jogada muito parecida com a do primeiro gol.
Do lado palmeirense, apenas Leonardo conseguia jogar. Aos 25min, ele lançou Dodô, que, livre na entrada da área, chutou em cima do goleiro Emerson.
O nervosismo dos comandados de Levir Culpi era tão visível que eles passaram a fazer trapalhadas em campo. Aos 32min, César tentou tirar a bola da área, mas chutou nas costas de Alexandre. A bola sobrou para Bebeto Campos, que tocou para o gol, mas Leonardo salvou o Palmeiras.
"Estamos ansiosos demais, mas vamos mudar", afirmou Flávio, no intervalo. Mas ele estava errado. Em apenas dez minutos, os baianos criaram quatro oportunidades para marcar. E sobrou para Flávio, que acabou substituído por Juninho. Mas ele também não foi capaz de melhorar o time.
Quando tudo parecia caminhar para um novo revés, o Palmeiras, em um lance de bola parada, empatou o jogo, aos 26min. Nenê cobrou falta da direita e Alexandre, de cabeça, fez 1 a 1.
Como num passe de mágica, o time do Palmeiras passou a sufocar o rival. E, mesmo jogando mal, ainda perdeu a oportunidade de virar o jogo com Dodô.
Em um contra-ataque dos baianos, no entanto, Geraldo fez o segundo em chute forte.


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