São Paulo, domingo, 15 de setembro de 2002

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Invicto na Vila, Santos derrota o Grêmio e entra no "bloco dos oito"

LÚCIO RIBEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL

Em mais um triunfo da mescla exata do novo e do velho, a jovem equipe do Santos venceu o Grêmio na velha Vila Belmiro, por 2 a 0, e pelo menos até o complemento da rodada, hoje, saltou para o bloco dos oito clubes mais bem colocados na tabela. O time de Leão acordou neste domingo ocupando a quarta colocação no Brasileiro, com 17 pontos.
A vitória de ontem, construída com gols de Alberto e Leo, marcou a sexta partida invicta do time comandado por Robinho e Diego jogando em casa. No torneio, foram cinco vitórias e um empate.
O Santos não perde na Vila Belmiro desde março, quando foi derrotado por 2 a 1 pelo Etti Jundiaí, no Rio-São Paulo.
O Grêmio, que não vence o Santos desde 1998 -quatro jogos-, permaneceu no centro da tabela, com 10 pontos.
A partida de ontem começou em altíssima velocidade, mas a correria de Santos e Grêmio nunca chegou a produzir jogadas ofensivas que levassem perigo aos dois goleiros.
Tanto que o primeiro susto a prender respirações na "encantada" Vila Belmiro só veio aos 20min, quando em uma descida rápida do Grêmio o ala Anderson Lima acertou bom chute de fora da área. A bola lambeu a trave esquerda do goleiro Júlio Sérgio.
A vontade em excesso mostrada pelas duas equipes quase sempre resultava em faltas duras, principalmente por parte dos jogadores do Grêmio, que não aliviavam na hora de destruir com entradas violentas qualquer tentativa de criação de jogadas do Santos.
No final do primeiro tempo, Lauro, Tinga, Anderson Polga e Anderson Lima já tinham seu cartão amarelo.
Na força e no melhor aproveitamento de sua disposição, o Grêmio estava mais perto do gol. Aos 32min, Rodrigo Fabri acertou um forte chute de esquerda, de fora da área, exigindo grande defesa, no alto, do goleiro Júlio Sérgio.
Mas ao 33min, o "fator Vila" prevaleceu, e o Santos abriu o marcador. Em uma tabela bem executada de Robinho e Alberto, este último realizou uma grande jogada, passando no meio da zaga gremista, deixando o pentacampeão Anderson Polga no chão e batendo rasteiro no canto esquerdo de Danrlei.
O gol empolgou os torcedores santistas, que chacoalhavam suas faixas nas arquibancadas, postadas de cabeça para baixo não para protestar, mas sim por uma questão de superstição.
No calor, o Santos partia rumo ao segundo gol. Em dois escanteios, um aos 34min e outro um minuto depois, Alex e Renato quase ampliaram de cabeça.
No segundo tempo, os dois times desaceleraram. O Grêmio não conseguia apertar o Santos, que por sua vez parecia estar satisfeito com o resultado magro.
A chuva aumentou, fazendo crescer também o número de faltas. Com uma partida truncada, as chances de gol rarearam.
A jogada ofensiva mais aguda resultou exatamente no segundo gol do Santos, aos 44min. Leo recebeu uma bola enfiada por Renato e chutou cruzado. O tiro desviou em um zagueiro, enganando Danrlei. E a Vila reafirmou seu papel de alçapão.


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